domingo, junho 03, 2012

NOTICIÁRIO GERAL

«Peniche: Furto de metais obriga paróquia a retirar sino da igreja
Lisboa, Portugal 28/05/2012 09:33 (LUSA)
Temas: Bibliotecas e museus, Crime, lei e justiça, roubo, Polícia, Religião
Peniche, 28 mai (Lusa)- O furto de metais pode deixar aldeias sem ouvir tocar o sino da igreja. Em Peniche, a paróquia retirou um sino secular da torre da igreja, donde ia sendo furtado a 20 metros de altura, e colocou-o no museu.
“Uma vez que é um sino secular, achámos por bem expô-lo no centro interpretativo, em vez de o deixar na torre sujeito a outros perigos”, afirma Gianfranco Bianco, pároco na Atouguia da Baleia.
Neste caso, o sino de bronze, datado de 1891, há muito que tinha deixado de tocar a partir do alto da torre direita da Igreja da Nossa Senhora da Conceição, por estar rachado. Contudo, a necessidade de preservar o património levou a paróquia a colocá-lo a salvo.
O dinheiro que os duzentos quilos de bronze iriam render levou vários suspeitos a engendrar o seu furto, na madrugada de 11 de abril, subindo a cerca de 20 metros de altura à torre da igreja, por meio de uma escada rudimentar que construíram, depois da tentativa falhada de entrarem através de uma janela da igreja.
O sino acabou por cair dessa altura, provocando ao cair no chão um estrondo, acordando os vizinhos que, por sua vez, alertaram a GNR.
“Como o objetivo não era guardá-lo, mas antes derretê-lo, os duzentos quilos de bronze iriam render muitos milhares de euros”, refere o pároco que, apesar de admitir que o risco de furto existe em qualquer igreja, espera que “os sinos nunca deixem de tocar nas igrejas das aldeias por terem sido roubados” e pediu, por isso, o reforço da sustentação dos outros dois, ainda em uso.
“Os dois sinos não estão mecanizados e são tocados à mão e, quando há festa, tocam a repique. É uma tradição que espero que se mantenha”, sublinha.
O sino está agora em exposição no Centro Interpretativo de Atouguia da Baleia, fazendo parte do espólio histórico da freguesia.
FYC»
Peniche: Tecnologia vai ser instalada até final de junho para produção de energia das ondas
Peniche, 31 mai (Lusa) - A empresa finlandesa AW Energy deverá instalar até final de junho tecnologia no fundo do mar da praia da Almagreira, Peniche, para produção de energia a partir das ondas, disse hoje o presidente da câmara.
António José Correia afirmou à agência Lusa que, após três anos a trabalhar nos estaleiros navais de Peniche, a empresa já concluiu a construção de uma plataforma metálica de 40 metros que vai ser instalada no fundo do mar.
Nesta plataforma vão ser instaladas pás verticais que, ao movimentar-se, vão produzir energia.
"Duas pás já estão concluídas e estão a produzir a terceira. Há boias no mar a sinalizar o local", acrescentou o autarca, adiantando que a empresa "prevê até final de junho" implantar a estrutura no mar da Almagreira".
Desde 2009 que os parceiros tecnológicos têm vindo a trabalhar no projeto-piloto, correspondente à fase pré-comercial de produção de energia, para o qual estão envolvidos cinco milhões de euros, três dos quais financiados pela Comissão Europeia, após a aprovação de uma candidatura ao sétimo Programa Quadro de Investigação e Desenvolvimento.
A tecnologia ‘Wave Roller’ vai produzir resultados que, caso sejam favoráveis, vão permitir avançar para uma fase comercial de produção de energia.
Trata-se de um equipamento pioneiro, com pás que oscilam debaixo de água com o movimento das ondas e que foi testado pela primeira vez a nível mundial na praia da Almagreira em 2007.
Mais tarde, a única máquina Wave Roller, instalada a 20 metros de profundidade e a 500 milhas da praia, foi retirada da água por problemas técnicos, atrasando a concretização do projeto em cerca de três anos.
A inovação foi criada em 2007 pela AW Energy para ser comercializada e testada em Portugal pela empresa Eneólica, do Grupo Lena, durante a primeira fase de demonstração do projeto-piloto.
Através de pás flutuantes que acompanham o movimento das águas, a tecnologia é capaz de captar energia para depois ser transformada em eletricidade, como demonstrou o protótipo com uma potência de 15 quilowatts (KW).
O objetivo dos promotores passa por criar na praia da Almagreira um grande parque mundial de energia das ondas e entrar numa fase de exploração comercial do projeto com uma potência instalada entre os 50 e os 100 megawatts (MW).
A avançar para a fase comercial, o investimento ascenderá a 100 milhões de euros e colocará Portugal na linha da frente no segmento da produção mundial de energia a partir do movimento das ondas.

FYC





Sem comentários: