sexta-feira, julho 26, 2013

ARRE PORRA QUE É DEMAIS

No dia em que o actual (?) governo tomou posse, já o PCP através de uma das suas delegações estava na rua numa manifestação com a palavra de ordem de sempre: “Governo para a Rua”.
Me parece que deveriam aguardar um ou 2 dias que eles façam merda para começarem a exigir que saiam.
É pena não haver nas autarquias o mesmo tipo de hábitos. Isto é, quando um executivo camarário ou de uma Junta faz porcaria, virem as populações para a rua exigir que venham que se demitam. Aí haveríamos de assistir ao PCP a exigir que os mandatos se cumpram até ao fim e depois o povo que castigue quem não se portar bem. Sobretudo se as autarquias em que forem postos em causa tenham no executivo autarcas do PCP.

Antigamente, no tempo em que ser comunista era um exemplo de capacidade cívica de luta e de entrega à causa pública, havia uma coisa que se designava por “superioridade moral dos comunistas”. Nesse tempo os que aderiam a essa ideologia, prezavam-se por dar exemplos de probidade, de voluntarismo, de solidariedade. Ser-se comunista era uma ética.
Combatiam-se ideologias, não se combatiam pessoas. Lutava-se por ideais, não se lutava por lugares de poder. Havia autocritica. Os que mais sabiam entregavam o seu conhecimento aos que menos tinham tido acesso ao desenvolvimento.

Hoje ouço a intersindical e mudo de canal. Ouço os deputados comunistas a desenvolverem baixa política contra o PS e mudo de canal. Ouço o camarada Jerónimo tecer loas a tudo quanto os seus fazem e a ser destrutivo em relação a tudo quanto os outros fazem e mudo de canal.
Tenho pena que ao fim de todo este tempo, sinta prazer em ouvir gente que não é de esquerda desenvolver com nobreza um debate ideológico e sentir que é uma perda de tempo ouvir pessoas com quem à partida me deveria identificar.
De uma vez por todas aliem-se ao diabo e façam ressuscitar o Vasco Gonçalves. Se são tão bons assim porque raio de razão é que são uma força política minoritária? E no entanto até acredito que por vezes digam coisas certas. Só que ninguém vos ouve de tantas vezes repetidos os mesmos slogans.
Portugal e os portugueses precisam de um partido comunista forte, criativo e que seja capaz de no século XXI ser digno da sua história. Sejam inteligentes e cheguem ao coração das pessoas. Não nos encham de ódio com as vossas atitudes e palavras. Falem connosco de forma a que todos nós possamos acreditar que vocês são alternativa. Nós precisamos de vocês.

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