quarta-feira, outubro 16, 2013

O ULTIMATO ALEMÃO

Não. Não vou falar da invasão da Polónia depois de um ultimato em que as nações europeias ficaram a ver em que paravam as modas. Ou recuando mais tempo das diferentes pressões exercidas para conquistar uma posição estratégica dominante e que levou à 1ª Grande Guerra.
Vou recordar tristes e pesadas atitudes de ofensas generalizadas a que Portugal foi sujeito por nações europeias, algumas das quais nossas aliadas. É bom recordar:

“Ultimato inglês”
O Ultimato consistiu num telegrama enviado ao governo português pelas autoridades inglesas, a 11 de janeiro de 1890.A missiva exigia a retirada imediata das forças militares portuguesas mobilizadas nos territórios entre Angola eMoçambique. Esses territórios correspondem aos 
actuais Zimbabwe e Malawi. Caso a exigência não fosse acarretada por Portugal, a Inglaterra avançaria com uma intervenção militar.
Infopédia

Pois é. Nessa altura toda uma nação se ergueu para com raiva e determinação se insurgir contra tal atitude e exigência. Hoje assistimos com passividade e indiferença a portugueses e nossos aliados (tal como então) tentarem tudo para por em causa o nosso maior valor: - A Constituição da República Portuguesa. Uma francesa saída dos livros do conde de Drácula ofende a nossa constituição, logo a todos os portugueses. Um Português responsável por crimes contra a Humanidade no Iraque, vilipendia a Constituição Portuguesa.
O 1º ministro de Portugal e alguns dos seus ministros acusam a Constituição de obscurantismo retrógrado. Enquanto isso, a pessoa que é o símbolo dessa mesma Constituição cala-se e não se ofende, nem se indigna.
A nossa Magna Carta é isso mesmo. O garante de que existem limites que ninguém pode ultrapassar. Quando nos emprestaram dinheiro sabiam que tínhamos uma constituição e qual o seu teor. Quando nos admitiram no clube do Euro sabiam da nossa constituição. Quando aderimos à Europa ela foi passada a pente fino e ninguém ousou dizer que ela impedia o nosso direito a pertencermos à Europa.
Quando um Governo toma posse jura defende-la e não agredi-la. Só um bando de trapaceiros e de malfeitores pode pensar que é destruindo o que nos une que nos pode vencer. Sei que somos um povo de gente acomodada. Que perdeu a capacidade de se indignar. Mas tudo tem um limite. Recordem-se do “Homem de Kiev”. Preparem-se que o vosso tempo está a chegar ao fim.   

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