PENICHE –
AUTÁRQUICAS 2017
OS
DERROTADOS…
O PCP era a queda
anunciada há muito. Aliás deste partido e da situação a que chegou no nosso concelho, já falámos sobejamente quando nos referimos a quem saiu vencedor. Por isso seremos um pouco soft para não dizerem que insistimos em bater no "ceguinho". Alguns podem enganar muitos durante algum tempo. Mas não
sempre. O PCP endeusou esta solução e quedou-se nela. Mas os eleitores já não
são marionetas comandáveis à distância, têm opinião própria e querem
expressá-la. Quem não se adaptar a esta nova realidade está condenado ao
fracasso. Um filme ajuda a compreender tudo melhor:
Mas chega
de falar do PCP que consegue levar Peniche aos jornais e TVs e desta vez sem
ser pelas melhores razões para si. Certificado este óbito passemos ao seguinte.
Em minha
opinião, pior derrota nas autárquicas de Peniche que a do defunto anterior, é a
do PS. Neste caso foi um autêntico massacre. Num momento em que a nível
nacional tudo se conjugou para ajudar o Partido Socialista. Num tempo em que
finalmente no Distrito de Leiria (8-PSD;7-PS) as Câmaras se repartem entre o
PSD e o PS, Peniche torna-se a ovelha negra deste último partido. Quando nem o
PSD se tem de envergonhar com os resultados obtidos (faltou um bocadinho
assim…), o PS comportou-se no mínimo de forma inglória e como nos seus piores
momentos. Vejamos:
Desde o
inicio dos anos 2000 que o Partido Socialista tem vindo em queda e a passar de
vencedor das eleições para a actual situação de 1 único mandato. Baixa de 4500
eleitores para cerca de 2300 votos numa situação altamente favorável como
aquela que o PS vive agora a nível nacional.
Este período
de vida (ou de morte lenta do PS local) tem de corresponder a alguma doença de
estratégia local, sem que a nível regional ou nacional alguém o tente
compreender e questione quem de direito. Se é um facto que os órgãos nacionais
e regionais não devem interferir na vida das concelhias, também é verdade que a
erosão local pode transformar-se num vírus mortal que afecte o todo nacional. E
no entanto tudo fica como dantes. O PS em Peniche sofre da doença do
envelhecimento, sem que se vislumbre qualquer forma de sair do marasmo em que
caiu. É olhar para a juventude que deu a cara quer pelo PSD, quer pelas listas
da ÁRVORE em todo o Concelho e ver as fórmulas encontradas pelo PS para se lhes
opor.
O PS local
deixou de ser apelativo. Não se trata das coisas pelo nome. Entro no discurso
da macro-economia e da globalização esquecendo-se que em Peniche somos ilhéus.
Mais que o
PCP me parece que no Concelho de Peniche, a continuar assim o PS não terá
futuro.
…E OS QUE
NÃO EXISTEM
Refiro-me
como é óbvio aos brancos, nulos, abstenções, CDS-PP e um outro movimento
independente que se manifestou como irrelevante Vejamos o comportamento deste
grupo em 2013 e em 2017:
2013
Abstenções 14 410
Brancos 525
Nulos 295
CDS 229
Total 15 459 –
60,90%
2017
Abstenções 12 198
Brancos 283
Nulos 203
CDS 135
Nau dos
Corvos 157
Total 12 976 –
51,95%
Estes
valores referem-se às eleições para a Câmara Municipal. Ressalta desde logo que
o número de votos que não determinam qualquer eleito baixou de forma abissal de
2013 para 2017. 9 pontos percentuais de diferença é animador.
O CDS
desapareceu do mapa político em Peniche. Outros grupos independentes têm enorme
dificuldade em implantar-se. Brancos e nulos baixam praticamente para metade,
enquanto o número de abstencionistas desce substantivamente.
Significam
estes valores que estas eleições particularmente foram mais apelativas para os
cidadãos. Que se mostram mais esclarecidos, dando sinais disso quer no seu desagrado,
quer na sua adesão num determinado sentido de voto.
Estas
eleições mostraram claramente que a população do Concelho vota muito
maioritariamente à esquerda. A direita aglutinando-se em torno do PSD está
claramente em minoria.
Peniche
demonstra pois claramente o que quer. Conformem-se aqueles a quem isto não
agrada e tenham em atenção este factor quando e se decidirem a enveredar por uma
oposição de terra queimada. .
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