sexta-feira, outubro 13, 2017


POR ESTE RIO ACIMA

Quem se recorda da canção de Fausto tem uma ideia clara do seu significado. É a visualização da esperança e de um sonho concretizado. É uma porta aberta para o que todos os homens e mulheres pensaram para si e para os seus. Um território onde a gente saiba existir e sermos respeitados. Onde não vai ser preciso ligar a TV. Quem está connosco vai estar mesmo connosco. Não precisa de noticiários. Quem quer ser nosso não precisa nem de embaixadas nem de países estrangeiros. Existe na Serra, em Ferrel e na Atouguia. Existe no Cosofi e para além dele. Onde existirem situações de degradação física ou outras o seu olhar persistente e a sua atenção profunda não sofrerão desvios. Sou Concelho de Peniche em Peniche. Sinto os meus concidadãos em mim.

E mais importante que tudo isto, os meus conterrâneos sabem que estou neles e que lhes pertenço.

São muitas as esperanças acumuladas e a vontade de resolver tudo ontem. ELE tornou-se a imagem de marca de todos os que desesperam por ter um interlocutor que os ouça.

Muitas esperanças irão sair defraudadas? Acreditamos que algumas sim. Mas os ouvidos estarão atentos e a vontade de resolver tão permanente como sempre. Descentralizar e responsabilizar será a palavra de ordem. Estar lá é a missão.

Se alguma coisa ficará para trás acredito que serão as feiras, festas e romarias sempre que exigirem “show on”.

Se muito esperamos muito daremos. Não é só esperar o que Peniche terá para nos dar, será também o que nós estaremos disponíveis a dar por Peniche. Não esperem grandes eventos com pomposos títulos. Trabalho será o que poderão encontrar no futuro. As palavras bonitas ficarão para os escritores. A acção ficará para os que trabalham por, pelos e para os outros. E agora seguimos caminho porque temos mais árvores para plantar.  

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