quarta-feira, julho 25, 2007

O JORNALISMO QUE TEMOS...O PAÍS QUE SOMOS… A RTP1 abriu o seu noticiário no seu Programa da Manhã com uma reportagem na Ponte 25 de Abril sobre as condições de segurança em que as crianças são transportadas nos autocarros. Até aqui nada demais.
O pivot ao dirigir-se à repórter pediu-lhe que esta indagasse da Comandante da força policial que dirigia a análise aos autocarros de transporte dos meninos e meninas se “já tinham sido encontradas muitas infracções”. A repórter não se fez rogada e dirigindo-se à Comissária perguntou-lhe de “chofre” se tinham sido “muitos os prevaricadores já detectados”. A resposta não é relevante para o que quero aqui dizer.
Jornalistas profissionais e estagiários em vez de perguntarem se “ – a inspecção realizada está a encontrar as nossas crianças seguras e transportadas de forma correcta?”, parte logo da ideia esquizofrénica de que somos incompetentes e incapazes de cumprir a lei. Hoje não existem Jornalistas sem serem licenciados em Universidades próprias e que dispõem dos melhores profissionais de Comunicação Social que por cá existem. Logo não acredito que sejam ensinados a trabalhar desta forma espúria, que incentiva ao desânimo e à incapacidade de acreditar na melhoria dos padrões de vida materiais e mentais dos portugueses.
O sensacionalismo que se pede aos média atira o Jornalismo que temos para níveis médios muito próximos da indigência mental. Não se faz a pedagogia da qualidade ou do bom senso. Faz-se a propaganda do “matreirismo”, da ilegalidade e do miserabilismo. Como consequência disto cada vez os Jornalistas (com JOTA grande) são cada vez menos necessários em Portugal. Para sermos negativos e dizer mal, bastamos nós a nós próprios. Não precisamos de jornalistas.

1 comentário:

Unknown disse...

Olha lá, seu... seu... Professor na reforma:
1º Portugal é, quer queiras quer não, um país composto maioritariamente por "incompetentes e incapazes de cumprir a lei" (vulgo povaréu).
Diz lá que não sabes que o "tuga" que é "tuga" anda sempre a inventar formas de contornar a lei...
Bem, fico-me pelo 1º porque não me apetece perorar (ui) sobre tal matéria. Isto é assunto para conversa "cara a cara".