sexta-feira, julho 27, 2007

VELAS ERGUIDAS AO VENTO
À saída de Peniche ou à entrada, consoante a perspectiva, ergue-se um novo grupo escultórico em aço e mármore que pretende representar um barco à vela movimentando-se no mar.Se gosto? Visto assim de repente gosto. Embora a infantilidade da representação seja um pouco discutível. Do que não gosto definitivamente é daquelas “ondinhas” em mármore, em contraste com o resto do grupo escultórico. A ideia de estilizar as velas, o vento forte, a inclinação do barco sujeito ao temporal, perde-se na representação figurativa daquelas ondinhas que (em minha opinião) parecem ter sido concebidas por pessoa diferente e com técnica diversa, da que presidiu ao restante da peça. Estou a pensar sobre a ideia que vi e que me parece representarem uma vontade legítima de melhorar aquele espaço. Gosto da ideia. Penso que o representado poderia estar mais desenvolvido em termos de coerência técnica.

2 comentários:

Carlos Tiago disse...

elizmente não foi com certeza o mesmo ""arquitecto"" que desenhou a rotunda em frente ao tribunal velho. Aposto !!!
Fua

Unknown disse...

Não gosto.
Pronto, não gosto, ora porra. É um direito que me assiste (antes que digas q "lá vem este, só para ser do contra"). Não gosto.
Não conheço a "obra de arte" (põe os hífens que eu já venho) mas pelo menos, pelo que me é dado a ver pelas fotos, não consigo imaginar um barco à vela com um mastro inclinado daquela forma, tendo ao mesmo tempo, um mar de velas prenhes de vento.
Claro que (e aqui qualquer um me ganha) uma escultura, tal como uma pintura, pode inventar, exagerar, desatinar e mostrar o impensável.
Talvez (quase de certeza) por isso não gosto :)