O MEU POVO É TÃO DIFÍCIL DE COMPREENDERAs imagens que se seguem são de ontem Domingo (07/07/22). Na Prainha de S. Pedro. No Arco da Fortaleza. Crianças brincando na areia junto ao mar. Porque não têm som são imagens idílicas. Até aqui nada demais. O que não se vê e não se ouve é o que aqui importa e me deixa confuso.
A linguagem daquelas crianças lá em baixo era digna daqueles “carroceiros” de antigamente em dias de mercado. Que pena as imagens não terem som. Mas tão importante como isso, ou talvez mais, é o que falta nas imagens. Não tem pais, nem irmãos ou irmãs mais velhos, não tem tios ou tias, avós ou parentes afastados ou amigos fiáveis. Não tem ninguém. As crianças entre os 3 e os 10 anos, estão ali completamente sós entregues a si próprias e às suas “brincadeiras mais ou menos estranhas”.
Isto entre em dissonância com o que se passa em tempo de actividades lectivas. O corrupio de familiares e amigos a levar as “criancinhas” à escola ou a esperar por elas, parece o Estádio da Luz em dia de jogo para o título. E se for em dias a seguir a um rapto qualquer então é certo e sabido que a afluência duplica.Mas se for para irem para a praia ao fim de semana, podem ir sozinhas as criancinhas.
Se for para andarem pela Ribeira Velha ou Nova, entregues às suas “traquitanices”, podem ir umas com as outras. Até parece que os raptos e violação de crianças, mete férias ou descansa no fim-de-semana. As idiossincrasias do meu povo deixam-me perplexo.
1 comentário:
(esta noite tirei para isto, enquanto ouço um Rui Veloso à moda antiga, com Blues e tudo)
- Ké tu kés, Carai?
:-P
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