(IN)CONFIDÊNCIAS
Na sequência de outros bons conselhos que tenho dado para ganhar as próximas eleições ao PCP, ando cá com uma ideia maluca.
Para ganhar as eleições é preciso votos (ganhar votos). Ora quem vota são as pessoas. Então tenho de convencer as pessoas a mudarem o seu sentido de voto. Estou a referir-me aquele grupo de umas quantas centenas que ora vota aqui, ora vota ali, ora vota acolá, consoante se vão alterando as suas ideias sobre os grupos concorrentes e acima de tudo sobre os candidatos a Presidente de Câmara.
Feito o estudo sociológico deste grupo, trata-se de uma faixa etária bem definida. São pessoas com um grau de escolaridade entre o 2º Ciclo e o Ensino Secundário. Interessam-se por futebol e frequentam cafés, Associações de Bairro ou locais um pouco mais sofisticados. Até gostam de discutir política. E têm opinião sobre quase tudo.
Perguntam-me como foi possível eu chegar a estes resultados. É simples. Consultei os últimos três cadernos eleitorais onde tinha descarregado os votantes. São mais ou menos sempre os mesmos. É claro que não descarreguei para os meus dados alguns dos que votam sempre NO SEU PARTIDO, haja o que houver. Esses não me interessaram para o estudo.
Depois pensei, o que hei-de fazer para atingir esta gente de forma a fazê-los detestar em primeiro lugar o PCP, e depois levá-los a votar em mim? EUREKA!!!
Arranjo um novo Jornal na terrinha. Um nome insinuante para o cidadão comum. Um jornalista que ninguém conheça cá na terra e que se preste a fazer de proprietário do Jornal e depois é avançar.
É claro que os parvos dos habitantes do Concelho de Peniche não vão perceber nada de nada. Se houver umas discussões no Jornal, melhor ainda. As pessoas gostam é de má-língua. Uns dissidentes vêm sempre a calhar. São geradores de polémica.
Não são precisos jornalistas. Os artigos não precisam de ser assinados. E assim ninguém percebe quem escreveu o quê.
Exploradas as quezílias de quem tem o poder, é a altura de começar a insinuar devagarinho de quem pode ser o SALVADOR DA PÁTRIA. E como o cidadão comum tem memória de galinha, é fácil conseguir que mude o seu voto. E assim perdem as eleições os que lá estão e ganham as eleições os que já lá estiveram.
É claro que tudo isto é um mundo de fantasia construído por mim e qualquer semelhança com alguma coisa que esteja a acontecer em Peniche, é pura coincidência.
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