NOTÍCIA DE HOJE DA LUSA
Mais de uma dezena de associações de armadores de todo o país reúne-se terça-feira em Peniche para analisar os problemas provocados pelo aumento dos combustíveis, admitindo agendar um protesto com as embarcações em terra.·
O presidente da Associação de Armadores de Peniche, Humberto Jorge, disse hoje à Lusa que o encontro vai reunir as organizações mais representativas da pesca portuguesa.·
"A situação chegou ao limite com o preço do petróleo a aumentar todas as semanas e a chegar a valores inimagináveis. Vamos analisar a situação e admitimos deixar os barcos em terra", afirmou Humberto Jorge.·
O responsável adiantou que do encontro deverá ainda sair um documento para ser entregue à tutela, alertando para o facto "das empresas estarem asfixiadas" e a pedir que o Governo "ao menos discuta o problema com as associações já que até agora ainda não o fez".·
Referindo que o sector "não pretende pedir dinheiro ao Governo", o dirigente defendeu que a tutela deve contribuir para uma solução com medidas como o aumento do IVA do peixe ou um plano de modernização da frota "à semelhança do que se passa noutros países da União Europeia".·
Segundo o dirigente e armador, os custos de exploração triplicaram nos últimos três anos e as receitas diminuíram.·
Os armadores sustentam que não têm forma de fazer repercutir nos consumidores o aumento dos custos de produção (combustível para as embarcações) que surge em consequência da escalada do preço do petróleo.·
"O peixe é vendido em regime de leilão e os preços da venda têm baixado enquanto os custos da exploração aumentam", sustentou.
LUSA
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