terça-feira, julho 31, 2007

PARA QUEM GOSTA DE DIZER MAL
Porque Peniche é só vento. Porque não há dias de calor. Porque assim não pode haver Turismo. Porque há gente que diz mal de tudo e quando o assunto se esgota de todo, vão para o espelho dizer mal de si próprios.
Aí está um calor que nos sufoca. Uma praia que não nos é habitual porque excede tudo quanto é expectável para Peniche. O Sol no seu melhor. Espero que desta vez esteja feita a vontade dos que adoram este tipo de clima...

segunda-feira, julho 30, 2007

DIA DE ANOS
Hoje é o dia mais importante que existe desde todo o sempre. A minha Anita faz anos. Sou credor de uma dádiva que nunca, faça eu o que fizer, lhe poderei pagar. Ela é a mãe da minha querida filha. A minha companheira de todos os dias.
Na saúde e na doença. Nos momentos bons e nas dificuldades. Foi quem amparou a minha mãe quando já não havia mais ninguém. Foi a irmã e amiga do meu irmão.
É a filha, irmã, tia e sobrinha de todos em todos os momentos. Solidária com os que mais necessitam sem ostentações nem exibicionismos caridosos de quem precisa de ganhar o céu. A minha Anita conquista o seu espaço terreno todos os dias.
Lutadora por causas sociais e políticas, tem uma formação que vem na tradição que aprendeu ao lado do pai quando o visitava no Aljube.Amo a minha mulher. Amo a minha Anita. Aqui deste espaço sem fronteiras, envio-lhe o maior beijo de parabéns do Mundo.

domingo, julho 29, 2007

ATITUDES QUE FICAM BEM
Na passada 6ª feira recebi em casa um convite da Câmara Municipal de Peniche, assinado pelo seu Vice-Presidente Jorge A. B. Amador, para me convidar na qualidade de ex-Vereador do Pelouro da Cultura para acompanhar as actividades da MOSTRA DAS RENDAS DE BILROS DE 2007.Claro que este convite foi endereçado a todos os ex-vereadores dos últimos 15 anos. Surpreendeu-me esta atitude que não esperava de todo. Os nossos responsáveis políticos tendem a fazer esquecer o papel que os seus antecessores tiveram quando em idênticas actividades, ou porque temem as comparações, ou porque têm tendência para se sentirem o Centro do Universo. Fico grato por este convite. Registo aqui a atitude. Espero que se multipliquem os registos pelos quais merece a pena realçar a actividade do Executivo Municipal. Peniche só terá a benneficiar com isso, independentemente de quem exerce essa acção.

sábado, julho 28, 2007

JUSTIÇA À PORTUGUESA/JUSTIÇAs PORTUGUESAs A “NS” de 21 de Julho de 2007, traz na sua coluna “NÃO PODE SER” uma notícia que nos deixa entre perplexos e indignados. É difícil compreender certas coisas no nosso país. Sem mais comentários faço a transcrição na íntegra:“A 9ª Vara Cível de Lisboa declarou que os antigos Administradores da Caixa Económica Faialense - instituição bancária fechada em 1986 – praticaram actos ilícitos que delapidaram os capitais da instituição. Mas eximiu-os de pagar indemnizações aos milhares de clientes lesados, prejuízos avaliados em 6,5 milhões de euros”.

sexta-feira, julho 27, 2007

VELAS ERGUIDAS AO VENTO
À saída de Peniche ou à entrada, consoante a perspectiva, ergue-se um novo grupo escultórico em aço e mármore que pretende representar um barco à vela movimentando-se no mar.Se gosto? Visto assim de repente gosto. Embora a infantilidade da representação seja um pouco discutível. Do que não gosto definitivamente é daquelas “ondinhas” em mármore, em contraste com o resto do grupo escultórico. A ideia de estilizar as velas, o vento forte, a inclinação do barco sujeito ao temporal, perde-se na representação figurativa daquelas ondinhas que (em minha opinião) parecem ter sido concebidas por pessoa diferente e com técnica diversa, da que presidiu ao restante da peça. Estou a pensar sobre a ideia que vi e que me parece representarem uma vontade legítima de melhorar aquele espaço. Gosto da ideia. Penso que o representado poderia estar mais desenvolvido em termos de coerência técnica.

quinta-feira, julho 26, 2007

AEROPORTO INTERNACIONAL DE PENICHE
(PORTELA+1)
O Carlos Alberto Tiago (Fua) fez-me chegar uma outra perspectiva do voo inaugural do Aeroporto de Peniche. A movimentação festiva junto ao “avião de teste” é verdadeiramente assinalável e à qual não foram alheias as autoridades locais.
A boa adesão da população local é pois uma garantia. Se tiver que haver demolição de parte do porto de pesca, não terá importância de maior com o rumo que as pescas levam e o que se adivinha num futuro próximo.
Aeroporto Internacional de Peniche já!!!

quarta-feira, julho 25, 2007

O JORNALISMO QUE TEMOS...O PAÍS QUE SOMOS… A RTP1 abriu o seu noticiário no seu Programa da Manhã com uma reportagem na Ponte 25 de Abril sobre as condições de segurança em que as crianças são transportadas nos autocarros. Até aqui nada demais.
O pivot ao dirigir-se à repórter pediu-lhe que esta indagasse da Comandante da força policial que dirigia a análise aos autocarros de transporte dos meninos e meninas se “já tinham sido encontradas muitas infracções”. A repórter não se fez rogada e dirigindo-se à Comissária perguntou-lhe de “chofre” se tinham sido “muitos os prevaricadores já detectados”. A resposta não é relevante para o que quero aqui dizer.
Jornalistas profissionais e estagiários em vez de perguntarem se “ – a inspecção realizada está a encontrar as nossas crianças seguras e transportadas de forma correcta?”, parte logo da ideia esquizofrénica de que somos incompetentes e incapazes de cumprir a lei. Hoje não existem Jornalistas sem serem licenciados em Universidades próprias e que dispõem dos melhores profissionais de Comunicação Social que por cá existem. Logo não acredito que sejam ensinados a trabalhar desta forma espúria, que incentiva ao desânimo e à incapacidade de acreditar na melhoria dos padrões de vida materiais e mentais dos portugueses.
O sensacionalismo que se pede aos média atira o Jornalismo que temos para níveis médios muito próximos da indigência mental. Não se faz a pedagogia da qualidade ou do bom senso. Faz-se a propaganda do “matreirismo”, da ilegalidade e do miserabilismo. Como consequência disto cada vez os Jornalistas (com JOTA grande) são cada vez menos necessários em Portugal. Para sermos negativos e dizer mal, bastamos nós a nós próprios. Não precisamos de jornalistas.

terça-feira, julho 24, 2007

CIA EM PENICHE Que título mais sugestivo que este poderia eu utilizar para chamar a atenção à CDU e muito particularmente aos “danadinhos” do PCP se estivesse a escrever para que eles me lessem?
Um blog tem a particularidade de ser anónimo de lá para cá. É um pouco como a Arca de Fernando Pessoa. Nunca se saberá quem a vai abrir e ler o que está lá dentro. Mas quero deixar descansados os espíritos mais nervosos. Não estou a falar da “Central Intelligence”. Estou a falar de Confusões nas Iniciativas Autárquicas (CIA). Vem este a propósito do último fim-de-semana na Cidade de Peniche com um conjunto de iniciativas que são ou da responsabilidade de Órgãos da Câmara Municipal, ou que pelo menos receberam o seu apoio e validação. Senão vejamos:
Sábado à noite (21/07):
- 24 horas a correr em Peniche. Meta de Partida e Chegada no Largo da Misericórdia.
- Na Igreja da Misericórdia Coral Sttela Maris em Concerto
- No Clube apresentação dos Livros de Maria Vieira com a presença da Autora
- No Auditório Municipal apresentação do livro “Padre Nosso” com o Autor.
Domingo 22/07 ao fim da tarde
- Encerramento do 24 horas a correr
- Anfiteatro da Parreirinha Grupo “Poemas do contra baixo e guitarra”
Domingo 22/07 à noite
- Fados na escadaria da Igreja do Calvário
Tudo isto estaria muito bem se…
- O grupo “Poemas de contra baixo e guitarra” não tivesse recebido indicações de alguém responsável da Câmara Municipal, para antecipar o seu concerto que estava previsto para o mesmo local à noite, para o fim da tarde do mesmo dia, para não coincidir com a realização do Programa de Fados com os cantores locais. - Isto apesar de no dia anterior ninguém se ter preocupado com a confusão do Coral Sttela Maris a actuar no mesmo local em que se estava a realizar uma prova de atletismo.
È bom conhecer quais são as opções da CDU local em matéria de eventos. Os Fados são uma religião. Corais, talvez só se respeitem os “Alentejanos”.
E mais não digo.

segunda-feira, julho 23, 2007

O MEU POVO É TÃO DIFÍCIL DE COMPREENDERAs imagens que se seguem são de ontem Domingo (07/07/22). Na Prainha de S. Pedro. No Arco da Fortaleza. Crianças brincando na areia junto ao mar. Porque não têm som são imagens idílicas. Até aqui nada demais. O que não se vê e não se ouve é o que aqui importa e me deixa confuso.
A linguagem daquelas crianças lá em baixo era digna daqueles “carroceiros” de antigamente em dias de mercado. Que pena as imagens não terem som. Mas tão importante como isso, ou talvez mais, é o que falta nas imagens. Não tem pais, nem irmãos ou irmãs mais velhos, não tem tios ou tias, avós ou parentes afastados ou amigos fiáveis. Não tem ninguém. As crianças entre os 3 e os 10 anos, estão ali completamente sós entregues a si próprias e às suas “brincadeiras mais ou menos estranhas”.
Isto entre em dissonância com o que se passa em tempo de actividades lectivas. O corrupio de familiares e amigos a levar as “criancinhas” à escola ou a esperar por elas, parece o Estádio da Luz em dia de jogo para o título. E se for em dias a seguir a um rapto qualquer então é certo e sabido que a afluência duplica.Mas se for para irem para a praia ao fim de semana, podem ir sozinhas as criancinhas.
Se for para andarem pela Ribeira Velha ou Nova, entregues às suas “traquitanices”, podem ir umas com as outras. Até parece que os raptos e violação de crianças, mete férias ou descansa no fim-de-semana. As idiossincrasias do meu povo deixam-me perplexo.

domingo, julho 22, 2007

CONTRASTES
Que Peniche é uma terra de contrastes todos o sabemos. Capaz do melhor e do pior. Mas de vez em quando somos mesmo surpreendidos pela positiva com pormenores positivos com que deparamos. Existe aqui uma cuidada responsabilidade humana. Por isso nos admiramos. Por não estarmos habituados. É bom neste Domingo de Verão ver coisas de que nos podemos orgulhar.

sábado, julho 21, 2007

SONHO PODEROSO Qual é a glória da vida, agora
que não há glória nenhuma
senão a empobrecida realidade?
Acaso conhecer que o desengano
não te arrancou esse desejo fundo
de viver mais?

A glória da vida foi acreditar
que existia o eterno;
Ou talvez fosse a glória da vida
aquele poder simples
de criar, com o claro pensamento,
a fiel eternidade.
A glória da vida, e seu fracasso.

Francisco Brines (1932)
Ensaio de uma Despedida

sexta-feira, julho 20, 2007

PESSOAS
Ontem fui a um funeral. Morreu o Sr. Abel. Professor (escrevi assim de propósito) de condução. Foi ele que com uma paciência infinita conseguiu que eu tirasse a carta de condução há cerca de 40 anos, numa altura em que a loucura era o meu estado de espírito constante. Ao longo do tempo e desde essa altura fui cimentado uma grande e respeitosa amizade pelo Sr. Abel. Na Associação vim a conhecer a sua generosidade e capacidade de entrega a causas sociais. Vim a conhecer o seu filho mais velho que dono de uma enorme capacidade intelectual a par de uma grande inteligência e um humor sempre acutilante, se tornou parceiro de inúmeras tertúlias que terminavam invariavelmente quando o dia já começava a despontar. Com isso mais me aproximei do Sr. Abel.
Mais tarde fui encontrá-lo no PS quando eu me aproximei desse agrupamento político. Também ali, na actividade política e cívica o Sr. Abel era uma referência. Foi Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro durante uma série de mandatos. Há três anos, cansado, decidiu pôr ponto final nas suas actividades públicas. Dedicou-se ao apoio ao seu filho mais novo.
O funeral do Sr. Abel permitiu-me perceber o que querem dizer as ausências: “Muito tens, muito vales. Nada tens, nada vales”. E permitiu-me também sentir a “alegria” de rever o Abel, o Álvaro Silveira, a Ângela Sales e a irmã, a Micas. Há quanto tempo não via esta gente. E a alegria que senti. Quase que me apetece dizer, que até depois de morto o Sr. Abel me permitiu sentir bem com ele e com quem ele juntou à sua volta.
Os que não estavam… não fizeram falta.

quinta-feira, julho 19, 2007

AEROPORTO INTERNACIONAL DE LISBOA
PARA PENICHE JÁ!!!
Ao contrário do que possa parecer, a utilização de Peniche como base aeroportuária não é nenhuma “tontaria”, nem seria caso inédito. Em plena 2ª Guerra Mundial isso aconteceu com nítida vantagem para os pilotos, como documentamos com a foto em anexo.
veja-se o avião no canto inferior direito da fotografia
É mais uma proposta. Não pomos questão que seja Portela+Peniche. Se pode ser Sintra +2, ou Portela+Montijo, porque não Peniche orgulhosamente só, ou no limite, Peniche+qq coisa. Estude-se e verifiquem-se vantagens e inconvenientes. Mas como gente boa que sou, sempre adiantando alguns pontos a ter em conta:
VANTAGENS – Um terreno já muito plano; Uma plataforma de petróleo em vias de desenvolvimento para combustível; Um porto para escoamento de passageiros; O IP6 que pode servir para transportar passageiros para Madrid em dias de neblinas matinais; Um óptimo parque de estacionamento a localizar no Campo da Torre.
INCONVENIENTES – O TGV ao que consta não passa por cá.

quarta-feira, julho 18, 2007

SARAMAGO NO SEU MELHOR
Já referi aqui a controversa entrevista de José Saramago ao DN no passado dia 15 de Julho. Aqui volto também à polémica transcrevendo o pensamento do Nobel da Literatura, face à “pinderiquice” lusitana. DN – Qual é o futuro de Portugal nesta península?
JS – Não vale a pena armar-me em profeta, mas acho que acabaremos por integrar-nos.
DN – Política, económica ou culturalmente?
JS – Culturalmente, não, a Catalunha tem a sua própria cultura, que é ao mesmo tempo comum ao resto de Espanha, tal como a dos bascos e galega, nós não nos converteríamos em espanhóis.
Quando olhamos para a Península Ibérica o que é que vemos? Observamos um conjunto, que não está partida em bocados e que é um todo que está composto de nacionalidades, e em alguns casos de línguas diferentes, mas que tem vivido mais ou menos em paz. Integrados o que é que aconteceria? Não deixaríamos de falar português, não deixaríamos de escrever na nossa língua e certamente com dez milhões de habitantes teríamos tudo a ganhar em desenvolvimento neste tipo de aproximação e de integração territorial, administrativa e estrutural…
DN – Seria, então, mais uma província de Espanha?
JS – Seria isso. Já temos a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, Castilla la Mancha e tínhamos Portugal. Provavelmente [Espanha] teria de mudar de nome e passar a chamar-se Ibéria. Se Espanha ofende os nossos brios, era uma questão a negociar…Bem sei que estas coisas interessam pouco aos penicheiros. Mas ler e pensar nisto faz bem. Dá para perceber que existe mais mundo para além da Av. Monsenhor Bastos. Dá para matutar em coisas que são importantes mesmo que nunca aconteçam. O provincianismo penichense tem de acabar.

terça-feira, julho 17, 2007

ESCOLA INDUSTRIAL E COMERCIAL DE PENICHE
Foi feita uma maqueta para nos dar a conhecer o projecto. Da maqueta foram feitos postais que aqui dou a conhecer. Isto em 1955. Vão lá mais de 50 anos. Em pleno período do Estado Novo. Talvez não existisse agora tanta incompreensão face a certas obras, se em tempo oportuno elas tivessem sido dadas a conhecer e fossem objecto de discussão pública.Quatro anos depois, o mesmo Estado Novo (Ministério das Obras Públicas) publica um Caderno com as “Novas Instalações Inauguradas em 1959”, pela Junta de Construções Para o Ensino Técnico Profissional.Lá dentro o mesmo caderno publicitava o pensamento do primeiro ministro da época (Salazar) com uma frase do tipo daquelas que os nossos políticos actuais não desdenhariam:"É essencial que o espírito da mocidade seja por nós formado no sentido da vocação de Portugal, com os exemplos de que é fecunda a história, exemplos de sacrifício, patriotismo, desinteresse, abnegação, valentia, sentimento de dignidade própria, respeito absoluto pela alheia".O mesmo opuscúlo dava-nos conta das características da obra:
- Datas de início e de conclusão
- Custo total das instalações
- Área de terreno, área coberta e superfície de pavimento
- Número de alunos a servir
- Cursos a administrar Será que 50 anos depois não podíamos retomar algumas atitudes que no passado se mostravam correctas e dignas de serem utilizadas nos dias de hoje?

segunda-feira, julho 16, 2007

25 DE ABRIL, NUNCA MAIS!!!
O Prémio Nobel da Literatura de 1998, José Saramago, concedeu ontem 15 de Julho de 2007, uma notável (e polémica) entrevista ao Jornal Diário de Noticias, conduzida por João Céu e Silva. Uma das questões que lhe é colocada é sobre o 25 de Abril. A resposta é surpreendente e não resisto a transportá-la para aqui. Ainda voltarei a este assunto, mas por agora deixo-vos com o emérito escritor.
Diário de Noticias – Tudo muda?
José Saramago
A revolução foi o que foi, com os seus erros e disparates, mas também as suas grandes conquistas e, principalmente, as suas grandes ilusões.
Enorme ilusão que alimentaram uma parte substancial dos portugueses, mas isso é passado. É tão passado que já não comemoro o 25 de Abril, sentir-me-ia um irresponsável ao celebrar qualquer coisa de que não possa ver nenhum sinal, porque tudo o que me trouxe desapareceu. Não me digam que é porque temos a democracia, em primeiro lugar porque a acho bastante discutível e penso que haveria que a discutir muito seriamente porque é uma espécie de paradigma ou de uma santa no altar em que não se pode tocar. Por outro lado, Espanha também a tem e não fez nenhuma revolução, se nós em vez da revolução tivéssemos passado por um processo de transição como o espanhol estaríamos exactamente como estamos. Não me falem em 25 de Abril, onde está ele?

sábado, julho 14, 2007

NÃO TENHAS DÚVIDAS

Se o Trabalho fosse a maravilha que dizem...
...os pobres estavam no desemprego.

sexta-feira, julho 13, 2007

MUDAM-SE OS TEMPOS…
Nas arrumações com que me tenho entretido, coube a vez a alguns embrulhos dispersos que se encontravam na antiga casa dos caixões da minha avó. Um desses embrulhos tinha papéis vários do meu avô e entre eles um envelope com a data de 1917. No envelope fui encontrar uns versos que o meu avô tinha guardado. São esses versos que vos transcrevo com a escrita exacta que lá fui encontrar.
Serve o “post” de hoje para ver como tudo muda em tão curto espaço de tempo. 90 anos depois do meu avô ter copiado aqueles versos que se cantavam na altura, como forma de encontrar forças para suportar as agruras das dificuldades que os nossos militares encontravam nas suas missões, hoje, é crime de lesa pátria subscrito pelos que se auto-intitulam os líderes da nação portuguesa, encontrar esta forma de superação de angústias pessoais.
Transcrevo estes versos, porque sou da oposição. Porque acredito que deveria ser “proibido, proibir”. Aqui vai o meu contributo (e o do meu avô) para espalhar a confusão.

O Cigarro do soldado
Passa frio passa fome
O soldado até não come
Nada tem nada lhe doe
No cigarro uma ilusão
Acha força d’um leão
Que nas horas de ansiedade
Da amargura de saudade
O coração lhe magôa
No lugar d’uma fumaça
Todo o ar que colhe e passa
A saudade também vôa

Côro
E lá na terra estrangeira
Quando estiver na trincheira
Metendo a mão no burnal
Puxará da cigarrada
Que levou da terra amada
Que levou de Portugal


O cigarro é um amigo
Que na páz e no perigo
Nos dá conforto e prazer
A gente fala-lhe e sente
E o cigarro arde contente
Por se fazer entender
E na mais rude batalha
Tudo leva n’uma aragem
O cigarro é um achado
Que traz ao pobre soldado
A alegria e a coragem

Côro
E lá na terra estrangeira
Quando etc. etc.
PS - Resta-me dizer que há mais de 5 anos que não fumo um cigarro. Por decisão voluntária. Acrescento que concordo que o fumo do cigarro possa incomodar os não-fumadores. Que devem por vontade própria não os incomodar. E com isto me fico.

quinta-feira, julho 12, 2007

A HIPOCRISIA DOS BISPOS PORTUGUESES
Nos últimos dias têm vindo os midia (talvez por não terem outro assunto) a noticiar a indignação dos bispos portugueses, perante aquilo como designam um ataque desmedido do governo à liberdade de informação. Um de entre eles ouvi eu na Televisão afirmar que nunca se viu uma tal sanha prossecutória contra os órgãos de informação. Isto deixa-me perplexo. Como é que os bispos portugueses podem ter tal desfaçatez?
Tanta falta de memória…
- Alguém ao longo dos últimos séculos desenvolveu maiores ataques à Liberdade de Informação que os próprios responsáveis da Igreja?
- Quem foi o responsável pela Inquisição e pelos Autos de Fé? - Quem é responsável pelo Índex que impede a difusão de inúmeros intelectuais e das suas obras, só porque não alinham com as perspectivas fundamentalistas da Igreja Católica?
- Quem é que proíbe ainda hoje na Rádio Renascença a difusão de canções, notícias e outros comentários sobre pessoas banidas pela igreja?
- Quem é que calou durante o período do Estado Novo toda a repressão, nunca fazendo quaisquer comentários a prisões arbitrárias, mortes, e à existência da Comissão de Censura? Calem-se seus hipócritas!!! Têm demasiados telhados de vidro para atirarem pedras ao ar. Os Bispos portugueses melhor fariam em rezar Pais-nossos do que estarem a falar daquilo em que são os maiores responsáveis ao longo da sua história.
PS: - Honra lhe seja feita. O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, não esteve presente e portanto não é responsável por esta fantochada.

quarta-feira, julho 11, 2007

ÚLTIMA HORA
A agência Lusa difundiu hoje mesmo a notícia que a seguir transcrevemos na íntegra:
“Os cinquenta comerciantes do centro histórico de Peniche estão revoltados pela diminuição drástica dos lugares de estacionamento no Campo da República, após obras de requalificação, e queixam-se que os turistas não param para fazer compras."Temos muita procura de turistas, mas infelizmente não temos capacidade de resposta para os turistas pela falta de estacionamentos que temos", lamentou Paulo Marques, proprietário de um restaurante, no final de uma reunião com cerca de 40 comerciantes que, ao final da tarde de terça-feira, pediram ao presidente da Câmara a abertura imediata do estacionamento.Os comerciantes recordam que a Península de Peniche "não é local de passagem", pelo que a falta de estacionamento é um mau cartão-de-visita para a cidade, cujos pontos de maior interesse são a Fortaleza, outrora prisão política, ou a ida à Berlenga, embarcando no largo da Ribeira Velha, situada abaixo do monumento.Localizado defronte à Fortaleza e no fim da Avenida do Mar, principal rua da cidade, o Campo da República dispõe agora de cerca de 20 lugares de estacionamento em vez das várias centenas que comportava antes das obras, sendo ocupados na sua maioria por residentes ou por quem chega a Peniche logo pela manhã para embarcar para a Berlenga."Aos fins-de-semana muitos turistas são obrigados a deixar os carros mal estacionados" e "quem vier a Peniche pela primeira vez e tenha a infelicidade de ser multado à segunda já não volta", adverte o comerciante, sublinhando que "desde que as obras estão a decorrer há uma quebra na casa dos 70 a 80 por cento" nas vendas.Ao lado dos comerciantes está a presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, Manuela Azevedo Farto, que sente que "a zona histórica está a morrer" e "o comércio tradicional parado". "De certeza que os comerciantes fecham as portas” se não forem encontradas soluções, alertou Manuela Azevedo Farto.Em causa estão as alterações ao projecto alegadamente encomendadas pelo actual executivo camarário, com a substituição de saibro por gravilha na zona de terreiro do Campo da República, o que impede o estacionamento.Por outro lado, o material utilizado origina derrapagens sobretudo para os autocarros das excursões e muito pó para os transeuntes. "Foi uma questão de honra prever a Festa da Boa Viagem e estacionamentos e as orientações foram dadas ao arquitecto que elaborou o projecto", esclareceu aos comerciantes o ex-presidente da autarquia, o socialista Jorge Gonçalves, criticando o facto de o seu sucessor estar a mandar "pôr correntes para impedir o estacionamento". O presidente da Câmara, o comunista António José Correia, garantiu analisar "a possibilidade de alargar o espaço de estacionamento", remetendo o assunto para a sessão de Câmara da próxima segunda-feira.António José Correia revelou que está também em cima da mesa a hipótese de vir a criar um novo estacionamento em terrenos do Porto de Pesca, estando a decorrer negociações com o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos.Segundo o autarca, "Peniche está a passar pelo mesmo que outras cidades quando pretendem que o carro não comande o peão", para que "as condições de segurança sejam salvaguardadas e que o património sobressaía".Aludindo à necessidade de descongestionar a circulação automóvel do centro da cidade, António José Correia relembrou "o caos" no estacionamento excessivo que existia no Campo da República, antes das obras.”
Como vemos pelo teor da notícia, o que preocupa os comerciantes não é a Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem. É a transformação (ou não) do "Campo da Torre" num imenso parque automóvel ao ar livre. E quando se fala de comerciantes, leia-se proprietários dos restaurantes e hospedarias da zona. Eu sugeria mesmo o aluguer do espaço a um industrial local (estou a lembrar-me de alguém que não desdenharia a ideia) que o desejasse converter em Parque automóvel com guarda.
Curioso também é que Manuela Azevedo Farto é autarca pela CDU. Donde menos se espera é que surgem os mais difíceis de "aturar". E esta hein!!!!!!!!!!!
E DE REPENTE… Definitivamente não me apetece oferecer uma flor a ninguém. Não tem a ver com o anúncio publicitário este título.
Tem a ver com mais um atropelo aos direitos dos munícipes o que de repente apareceu no Largo de S. Paulo. Para os menos atentos fica junto à “Casa do Benfica”.
Vinha eu para casa e dei com a destruição pura e simples do arranjo que existia há vários anos no centro do Largo. A estas horas está o Dionísio Costa às voltas no túmulo. Ele que tanto lutou pelo que lá estava. São os alcatruzes da nora… Se uns fizeram outros a seguir têm de desfazer.
Nem um pedido de desculpas pelas obras. Nem uma informação “manhosa” sobre o que lá se iria fazer. Nada. Absolutamente nada. Mais uma vez. Será outro Campo da Torre que ali se prepara? Espero bem que sim. É a minha esperança para o futuro. Que alguém destrua o que estes ali deixaram fazer.
A falta de respeito pelos munícipes, já tantas vezes denunciada continua. Não acertamos mesmo com quem pomos à frente dos destinos da Câmara. É pena.
De facto só as moscas é que mudam…

terça-feira, julho 10, 2007

A FESTA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM Ontem fui alertado para uns papéis que se encontram afixados em alguns estabelecimentos comerciais apelando a uma reunião que se irá realizar hoje, 10/07/07, no Salão do edifício Sede das Juntas de Freguesia. Esses papéis vão mais longe, apelando à participação da população e muito particularmente dos pescadores. O assunto é a alteração do terreiro da Festa para a entrada de Peniche de Cima.
A leitura desta questão divide-se quanto a mim em 3 partes.
1ª Parte – Os comerciantes Só posso dizer que são loucos. Como o Astérix dizia dos romanos. Não compreenderem que são eles que têm que mudar de hábitos e estratégia em vez dos habitantes ou dos que nos visitam é um acto de loucura que só pode acabar em suicídio. Porque é que os chineses vendem e cada vez são mais em Peniche? Porque é que as pessoas compram e vendem nuns sítios e não em outros? Por mais que me empurrem para determinado local não será por isso que eu terei qualquer afinidade para o que aí existe. Os comerciantes não estão preocupados com a FESTA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM. Afinal a Festa até é religiosa. Estão preocupados com os aspectos pagãos da Festa. Nem com a população. Nem com os pescadores. Estão preocupados com o seu “negociozinho” naqueles 4 dias.
2ª Parte – A Festa Faz todo o sentido que se efectue no campo da Torre. Se os arranjos que lá foram produzidos não tiveram isso em conta, foi um erro a somar a todos os que aquela obra já somou. As realizações urbanísticas devem ter em conta as tradições locais. E as funcionalidades dos espaços. É dos livros. Retirar a Festa pagã dali é condenar à morte as Festividades de Nossa Senhora da Boa Viagem. O espaço em que se realizam deve ter ligação directa com o mar e com aquilo que se celebra. A Ribeira, o Porto de Pesca, a Igreja de S. Pedro.
3ª Parte – A Câmara Municipal de PenichePor esta ou aquela razão está a perder sensibilidade. Não basta ser esforçado e aparecer na TV. É necessário saber ouvir. A CDU não pode, se quiser fazer um longo período de actividade no executivo da Câmara, fechar-se em si própria. É importante fazer a experiência de realizar este ano no Campo da Torre a Festa. Logo se vê o que acontece. Ponham gente a estudar os possíveis impactos dessa realização naquele local e minimizem-nos. Eu sei que isso parece ser “dar o braço a torcer”. Mas uma vez por outra lá terá de ser. O assunto não deveria ter chegado a isto.
É importante não esquecer para quem é atento a estas coisas, que nem o Salazar se atreveu a retirar a Festa da Boa Viagem daquele local. E toda a gente que sabe de segurança, percebe o inconveniente de realizar junto à Fortaleza-Prisão um evento daqueles. Logo a CDU a meter-se numa barafunda destas.

domingo, julho 08, 2007

CORRIDA DAS FOGUEIRAS 2007
É sempre uma festa a CORRIDA DAS FOGUEIRAS. Este ano foi também uma festa e um motivo de dúvida. O que aconteceu com a Organização deste evento desportivo de Peniche este ano?

A CF era um motivo de orgulho local, por ser um evento com caracteristicas únicas a nível nacional, e a que se juntava a particularidade de ser totalmente organizada aqui e por gente de cá.

De repente este ano surge uma sociedade desportiva contratada para fazer o que é nosso, sem conhecer as raízes do evento nem os costumes e hábitos locais. Que para fazer foi paga a "peso de ouro", nem de outra maneira poderia ser.



O que aconteceu ao PAC? Que algo de tão grave se terá passado para ao fim de 29 anos suprimir a colaboração das gentes locais, numa terra como esta onde é tão díficil que as pessoas consolidem vontades de fazer?

Ou eles se portaram mal, e não há nada que não se possa resolver, ou portou-se mal a CMP e os seus principais representantes.

O que aconteceu merece uma explicação. Ou se calhar não merece explicação nenhuma. Porque raio de razão é que se há-de perder tempo a dar satisfações aos "chatos" dos munícipes?