domingo, setembro 30, 2007

PORTUGAL Apesar de uma maneira geral ter tendência para me esquecer da minha alma lusa, de forma contranatura já que escrevendo compulsivamente, a minha pátria (a Língua Portuguesa) está sempre em mim, decidi regressar a Portugal.
Esta coisa da globalização conseguiu o que o velhinho slogan dos meus tempos revolucionários nunca foi capaz. As fronteiras desapareceram de vez, o sentido de terra e de país tornaram-se fictícios pois só dependem do clicar do rato.
Por uma vez decidi que Peniche é pouco importante. Que eu sou pouco importante. Que merece a pena reflectir sobre o nosso passado colectivo pois daí depende muito do nosso futuro.
Na próxima 6ª Feira celebra-se o 5 de Outubro. Em minha casa e no meu país. O meu pai se fosse vivo fazia 93 anos. E eu sou consequência do Homem que ele foi.
Celebra-se a Implantação da República. Há 97 anos caía um Regime caduco e anquilosado, para dar lugar a uma nova esperança de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Esta comemoração leva-me a que durante esta semana faça dela o tema central dos meus “escreveres”. Fui ao baú do meu avô buscar algumas das suas recordações da época. E durante esta semana a propósito do que for dizendo (ou sem ser a propósito) vou expondo algumas dessas memórias ilustradas.
Hoje trago-vos um postal que foi feito na época com as fotografias dos dois regicidas: Manuel Buiça e Alfredo Costa. A 1 de Fevereiro de 1908, junto à Rua do Arsenal o Rei D. Carlos e o Príncipe herdeiro Luís Filipe foram assassinados. Os autores do crime, mortos também no decorrer desse incidente, numa fase inicial foram tratados como mártires da Pátria. Passado algum tempo caíram no esquecimento e os próprios republicanos evitavam referir-se-lhes.O 2º Postal é feito logo a seguir para homenagear o Rei D. Manuel II e a Rainha sua esposa (Princesa Augusta Vitória) que entretanto foram nomeados sucessores de D. Carlos.

sábado, setembro 29, 2007

HOJE
Deixo-vos o que a mim próprio surpreendeu. E o que gosto de ser surpreendido. Nas minhas deambulações na Net e, nos sítios de que vou tomando conhecimento por aventura ou informação externa, deparei com um que me surpreendeu. Simples. De fácil manuseamento. Com pormenores tão apelativos quanto singelos.
http://www.sendim.net/
É o sítio da terra da Língua Mirandesa. Eu tenho dúvidas sobre tudo aquilo que é complexo e rebuscado. Por tudo o que se tem vindo a (re)afirmar aqui neste Blog, transcrevo uma expressão em Mirandês que me deixou maravilhado. Não digo mais nada. Deixo-vos com este pensamento e com esta visita de fim-de-semana que vos proponho.
“ye duro, ye duro, mui duro, tan duro, que hade abrandar”

quinta-feira, setembro 27, 2007

A MINHA OPINIÃO É QUE ESTOU SEM FALA…
Num Jornal que tem circulado em Peniche em distribuição gratuita, o “Correio Popular” li um artigo de opinião escrito por Maria Manuela Farto que se subscreve como Comerciante e Presidente da Freguesia de S. Pedro.
Até aqui tudo bem. Foi pena a signatária se ter esquecido de se designar como eleita pela CDU e portanto, representante do PCP que é o Partido que tem a responsabilidade do Executivo Camarário.
Não me quero pronunciar sobre as “opinações” que lá vêm descritas. A CDU ou o PCP que o façam já que se trata de uma guerra que é sua. Não minha. Eu sobre o Campo da Torre já disse há muito tempo o que tinha a dizer. Agora que falem os que na altura própria ficam calados.
O que me surpreendeu foi a esmagadora emoção que ali se pode perceber. Surpreendeu-me a beleza descritiva dos momentos de criança que o artigo transpira. Não conhecia a beleza nas palavras que correm fluentes da “pena” da Manuela.
Aqui e ali transparecem momentos líricos que noutras circunstâncias e noutros tempos ouvi ler por outros representantes da CDU…
Quase apetece promover este fogo que arde sem se ver e que lavra nas hostes da CDU, para podermos ler estes belos nacos de prosa.
Será por isto que o PCP “saca” os do PS? Porque entretanto os seus vão desertando…

quarta-feira, setembro 26, 2007

UM TRISTE ESPECTÁCULO
O que é oferecido aos portugueses, pelos dois candidatos a presidentes do maior partido da oposição e aquele que com o PS é responsável pela situação em que Portugal se encontra.
Menezes diz que Mendes é um “pequeno tirano” e trapaceiro. Mendes diz que Menezes é vigarista, trauliteiro e cacique.



Ganhe quem ganhar o meu país fica sempre a perder. Se eles que se conhecem tão bem se definem assim, o que hei-de eu querer para futuro 1º Ministro de Portugal?

segunda-feira, setembro 24, 2007

PODER, POLÍTICA E CALDEIRADAS
Quem escreve neste Blog sou eu. Euzinho. O militante nº 33319 do Partido Socialista. Ao que me dizem isto é muito importante para poder vir a ser nomeado como assessor na Câmara Municipal de Peniche. É verdade que só fui candidato por duas vezes. Uma para a Assembleia Municipal e outra para a Câmara Municipal. Se isto do número de vezes que se concorre for importante para o currículo, não tenho hipóteses nenhumas. O PCP ao pescar nas águas do PS, está a criar “um bico d’ obra”. Como é que o Jorge Gonçalves arranja candidatos credíveis para as próximas Autárquicas se eles se começarem a passar para o staff do PC?
E nós quando pedirmos uma audiência na Câmara para tratar de determinados assuntos e formos recebidos por um assessor, estamos a tratar com quem? Com o actual executivo do PCP ou com algum militante do PS e nessa altura mais valerá falar com os vereadores daquele partido.
Um amigo meu a apreciar estas confusões de nomeações dizia assim: “-Se as camisolas do Benfica puderam mudar de encarnado para cor-de-rosa, porque é que as pessoas não hão-de mudar do rosinha para o vermelhusco?”
Agora que esta “caldeirada” está em andamento é que eu percebo a história da queda do burro. Não seria um atentado terrorista pela fuga de quadros do PS para o PCP? Pensando melhor não quero ir para assessor da Câmara. Esqueçam-se que sou do PS. Ainda me apanhavam aí num sítio qualquer, pregavam-me uma rasteira e, gordo como sou começava a rebolar e só parava dentro de água na Ribeira.
Grande problema vamos ter para as próximas eleições para a Câmara… Votar em quem e para quê?

sábado, setembro 22, 2007

HÚMUS
camada superior do solo, que apresenta uma coloração acastanhada característica, constituída por matéria orgânica, e que resulta da decomposição do material vegetal que aí se vai depositando e acumulando

Foi este o conceito que esteve na origem da designação da Cooperativa que veio dar lugar ao CICARP (1969), que entretanto tinha sido extinto por determinação da Direcção da Associação Recreativa Penichense, onde pontificava o Sr. José Bento (membro da UN) acolitado por alguns seus lacaios da altura.
A Húmus tornou-se um caso sério no movimento Cooperativo Nacional e a breve trecho conquistou em Peniche uma quota do mercado livreiro e discográfico que gerou os maiores receios ao incipiente comércio local. Aos sócios era atribuído um desconto no acto de compra que oscilava entre os 5% e os 15%. Pode parecer pouco, mas na época e para quem tinha filhos na Escola, ter 10% de desconto em livros escolares representava uma poupança assinalável.
Paralelamente desenvolveu um conjunto de iniciativas de carácter cultural com a participação de nomes conhecidos como o Ruy Bello, o Mário Viegas e tantos outros.
É claro que suscitou a raiva e a cobiça de muita gente. Recordo que na época 1969/1970, em plena guerra colonial, com uma repressão que há muito não se via, haver uma Cooperativa que no Art. 2º afirmava que era seu objecto social “a venda de bens necessários à satisfação integral dos seus associados” era algo de inimaginável na época. Isto estava nos Estatutos da Cooperativa, esta Cooperativa era de Peniche, formada por gente de Peniche, dada como exemplo em jornais de âmbito Nacional.
Tudo isto vem a propósito de uma actividade que se realiza em Espanha e que tem a participação de Cooperantes Portugueses, que recordam a repressão marcelista e pidesca, sobre o movimento Cooperativo que se desenvolvia em Portugal em busca de uma Paz Social duradoura. O “Diário do Alentejo” noticia esse encontro e eu, um dos envolvidos como objecto dessa repressão, não quero deixar de assinalar isso mesmo e propor aos que lerem esta postagem, uma reflexão sobre o que se desenvolveu em Peniche ao contrário do que muitos afirmam.
A antiga perseguição às cooperativas
Um grupo de cooperativistas portugueses, entre eles dois membros da direcção da Cooperativa Proletário Alentejano, participa desde ontem no IV Colóquio Ibérico de Cooperativismo e Economia Social – A Economia Social como Pólo de Utilidade Social, que termina hoje na cidade de Córdova, Espanha.
Os temas priorizados pretendem colocar a economia social ao mais alto nível e o poder político não quer estar ausente da realização, sendo visíveis tanto o patrocínio da Junta de Andalucia, como a colaboração do Ayuntamiento de Cordoba e da Cordoba 2016 – Ciudad Europea de lª Cultura.
Conforme prometido, aparece a seguir o teor do despacho com a lista das tais cooperativas "faltosas".
Este é um trabalho de Júlio Raimundo a quem agradeço as saudações
Ao que sabemos, nenhuma dessas cooperativas existe. Contudo, muitos dos seus antigos cooperadores ainda andarão por aí. Um abraço cooperativo, do tamanho do Mundo, para todos eles:
"Despacho Ministerial Notificando as Cooperativas – Execução do disposto no decreto--lei 520/71
Considerando que as Cooperativas Ateneu Cooperativo Fraternidade Operária, de Lisboa, com sede na Rua dos Anjos, 17, 3º, Lisboa; Cooperativa dos Trabalhadores de Portugal, com sede na Calçada do Duque, 19 a 25, Lisboa; Devir – Expansão do Livro, com sede na Avenida Duque de Loulé, 126 r/c. Dto., Lisboa; Grau Cooperativa de Produção e Consumo, com sede no Largo Almeida Moreira, 25, Viseu; Húmus – Cooperativa de Consumo, com sede em Peniche; Livrelco – Cooperativa Livreira Universitária, com sede na Rua José Carlos dos Santos, 7, 1º Lisboa; Livrope, com sede na Rua projectada à Avenida Capitão Malezas, 117, Alverca do Ribatejo; Proelium – Cooperativa de Consumo, com sede na Rua Rui Canseiro, 232, cave, Queluz; Sociedade Cooperativa Eudóxio, com sede na Rua de S. Bento, 311, 3º Esq., Lisboa; Sextante – Cooperativa de Consumo, com sede na Rua do Meio, 51, 2º, Ponta Delgada (com delegações na Rua João d' Horta, 12 e 14, na vila da Ribeira Grande e na cidade de Angra do Heroísmo); Vis – Cooperativa de Ensino e Difusão Cultural, com sede na Rua Comandante Luís António da Silva, 32-A, Bairro do Bosque, Amadora; e Centro Popular Alves Redol – Cooperativa de Consumo, com sede na Rua Almirante Cândido dos Reis, 58, 1º Dto., Vila Franca de Xira, se propõem exercer, por disposição estatutária ou efectivamente têm exercido actividades de natureza não económica, nomeadamente culturais;
Considerando que nenhuma delas deu cumprimento ao disposto na artigo 3º do decreto-lei 520/71 e colectivamente de manifestaram por forma a não deixar dúvidas sobre os seus propósitos de desobediência à lei;
Determino:
1º. Que se notifiquem, na pessoa de qualquer dos membros dos seus corpos gerentes e não sendo encontrados ou conhecidos por edital afixado à porta da sua sede e nos lugares do costume, de que, tendo-se verificado estarem sujeitas ao regime do decreto-lei 520/71, se lhes concede o prazo de quinze dias para requererem a aprovação dos respectivos estatutos ou provarem que deliberaram dissolver-se, com indicação dos liquidatários nomeados e do prazo fixado para a liquidação;
2º. Que, findo o prazo a que alude o nº 1º. sem que os estatutos hajam sido submetidos a aprovação da autoridade administrativa competente, se promova, através da Polícia de Segurança Pública, a imediata e total suspensão das actividades das cooperativas infractoras, mediante aposição de selos nas respectivas instalações, e se notifiquem os responsáveis de que incorrem nas sanções a que alude o art.º 6º. do decreto-lei 39660, de 20 de Maio de 1954, no caso de não acatarem a medida adoptada;
3º. Que se dê conhecimento deste despacho aos Senhores Governadores Civis dos distritos de Lisboa, Viseu, Leiria e Ponta Delgada, para que o façam cumprir e informem, oportunamente, do procedimento adoptado por cada cooperativa.

10 de Agosto de 1972, O Ministro do Interior"

quinta-feira, setembro 20, 2007

Eu, professor me confesso
“Vou ensinar aquilo que sei. Em muitos casos vamos ficar na dúvida. A dúvida é científica. Às vezes é mais científica que a verdade.” ( Maria Helena da Rocha Pereira)
Maria Helena da Rocha Pereira foi a primeira mulher que chegou a professora catedrática da Universidade de Coimbra, em 666 anos da mais antiga Universidade Europeia.
Diz-nos aquilo que todos nós sabemos mas que muitas vezes fingimos não saber. Muitas vezes achamos que se o aluno souber que não sabemos, pouco nos não respeitará, ou não nos respeitará de todo. Cá para mim não saber torna-nos humanos. Prende-nos à nossa eterna condição de viajantes da aprendizagem.
E só os tolos ou os autocratas sabem tudo. A minha vagabundagem pelas escolas, desenvolveu-se no início dos anos 70 nas escolas secundárias leccionando os Desenhos de Máquinas e Esquemático, a Mecânica Geral e Técnica, os Orçamentos e Contas de Obras e a Tecnologia Mecânica. Depois passei para a Física e Química, com uma breve surtida na Matemática e na Geometria Descritiva. Quando me vi a ter que optar entre sair do ensino ou não garantir vínculo, a minha saída era concorrer para Trabalhos Manuais, o único grupo para o qual possuía habilitação própria. No 1º ano que concorri ao grupo concorri para estágio e fui colocado em Coimbra a fazer estágio junto de um escol de artistas e técnicos, como nunca mais encontrei em lugar algum.
Eu que julgava que era um grande professor, não enxergava nada daquilo. Eu que tinha sempre trabalhado sozinho numa sala de aula, via-me agora com colegas com quem tinha que repartir o meu espaço. Eu que sempre tinha trabalhado com jovens entre os 13 e os 18 anos, via-me agora perante miúdos de 9, 10 e 11 anos. Sabia lá eu pregar um prego, modelar em barro, fazer ponto cruz ou tecer tapeçarias... Só sabia dizer não sei. Admitindo a minha ignorância comecei a aprender tudo de novo. Tive um grupo fantástico de colegas que ficavam depois das aulas ajudando-me a aprender. Foi uma tarefa esgotante de que hoje me orgulho. Foi em Coimbra que aprendi a dizer não sei. Daí para cá nunca mais deixei de o fazer.
Essa aprendizagem “do-não-sei”, tem-me sido útil vida fora. Passados muitos anos quando fiquei cego e precisei da ajuda dos meus alunos, não me custou nada dizer, “ajudem-me que não vejo”. Os meus alunos deram-me lições de humanidade que nunca mais vou esquecer. Bem hajam eles por isso.

terça-feira, setembro 18, 2007

SENHORA MINISTRA DA EDUCAÇÃO
EXCELÊNCIA:

Vou procurar ser moderado e educado no que lhe vou dizer. Isto porque fervo em pouca água e depois acabo por passar-me no que digo. O entusiasmo que ponho no que escrevo e digo acaba na maioria das vezes por ser mal interpretado e confundido com hostilidade. Não é o caso.
Fui professor do Ensino Básico. Hoje estou reformado e sinto-me feliz por isso. Não por temer trabalhar hoje com as Reformas que se têm desenvolvido, mas porque cumpri bem o meu papel enquanto fui professor. E saí de cabeça erguida, como desejo que V. Excelência se sinta quando terminar a sua actividade como Ministra. Eu sinto orgulho no papel que tive como trabalhador do Ensino e sinceramente gostaria que a Senhora quando olhar para trás, possa sentir o mesmo.
Se tem dúvidas quanto ao que digo, mande saber e por certo quando lho disserem, prestará mais atenção ao que lhe quero dizer.
Na maioria das vezes tenho concordado com as reformas que tem produzido. Mas sabe que o problema das Reformas é que mudam os Governos e muda tudo de novo. A Senhora não lhe passa pela cabeça o sem-número de vezes que andámos a recomeçar pelas Escolas. E o que a Senhora diz, já outros tão honestos e capazes como a Senhora disseram. Espero que tenha por pessoas como os Ex-Ministros Roberto Carneiro e Marçal Grilo o mesmo respeito que eu sinto por eles. E que deles pense que não foram nem demagogos, nem incompetentes. O que se passa é que os Ministros passam e as Escolas ficam. E poucos são aqueles que deixam o seu nome ligado a uma nova lógica de Escola que passada uma geração produz Homens e Mulheres diferentes e melhores. Há 20 anos atrás, lancei na Escola Dr. João das Regras uma iniciativa que consistia, em poupar os livros escolares que eram atribuídos pela Acção Social Escolar e no final do ano escolar, com apoio dos pais e alunos eram recolhidos e entregues posteriormente de novo aos novos alunos que iriam precisar deles. O dinheiro que se poupava na aquisição de novos livros era revertido em material didáctico para enriquecimento das actividades pedagógicas. Nessa altura a CAE-Oeste, por determinação do seu responsável no sector, o Snr. Prof. Fernando Carvalho, obrigou a minha Escola a terminar com essa actividade porque os livros eram propriedade dos alunos a quem tinham sido entregues da 1ª vez, não devendo portanto serem recolhidos para posterior doação a outros. Parece que a Senhora viu para além do imediato e esta medida acabou por consagrar-se. Há 20 anos com o apoio da extinta Direcção escolar do 1º Ciclo, eu reunia com os professores que leccionavam o 4º ano de escolaridade e propunha-lhes que ao fim de duas repetências nesse ano, não obrigassem os alunos a manterem-se no 1º Ciclo. Insisti muitas vezes para não haver alunos no 1º Ciclo para além dos 12 anos de idade. Mandassem-nos para o 2º Ciclo. Nós com turmas diferenciadas teríamos outras condições para atingir sucesso, onde o 1º Ciclo já não tinha soluções. Parece que também aqui a Senhora Ministra é da minha opinião.

A Senhora Ministra tem insistido na tecla de que é preciso trabalhar mais. Aqui é que não estamos de acordo. Eu acho que se trabalha muito nas escolas. Refiro-me às do 1º, 2º e 3º Ciclos. Já não estou tão certo disso no Ensino Secundário. (Mas isso fica para outra vez). O que me parece é que se deveria trabalhar diferente e melhor. Os professores de uma maneira geral deixaram-se sufocar em papéis idiotas e alterações sucessivas de metodologias. Mas quando toca a sentirem-se próximos dos alunos e tocarem-lhes na alma, aí é que as coisas são mais difíceis. Cada professor que não resolve na sua aula um problema de indisciplina e chama alguém do Pessoal Auxiliar ou do Conselho Executivo, está “a entregar o ouro ao bandido”. Cada professor que se esconde atrás de um Regulamento Interno para atingir os seus fins, é porque já perdeu os seus alunos e as suas aulas. Sou do tempo em que no início do ano lectivo se lançavam sempre acções de Formação sobre Direcção de Turma, Avaliação, Coordenação dos Directores de Turma. Hoje parece que tudo isto está ultrapassado. Toda a gente percebe de tudo. Sou do tempo em que se aprendia com a colaboração de Orientadores e da Escola, a ser Professor. Hoje dizem que isso se aprende nas Escolas Superiores de Formação de Professores. Eu nem sequer quero referir-me a isto.Só para terminar. A senhora Ministra da Educação sabe porque é que os alunos do Ensino Básico em bloco decidiram rejeitar o Francês? Porque os professores dessa Disciplina tornaram a sua aprendizagem tão seca e árida como a Matemática. Escolhem Inglês porque “do mal, o menos”. Em Inglês sempre existem os Tops da música. Que ajudam à aprendizagem. Uma professora de Francês é uma inimiga a abater. E só não se abatem os de Inglês, porque depois teriam de ir outros, e outros e outros.
Senhora Ministra, veja se consegue dizer aos professores que têm de fazer de maneira diferente e melhor. Mais e mais, é repetir o que há muito foi rejeitado. Não merece a pena e não leva a lado nenhum. Só ao fracasso de sucessivas gerações de portugueses.

segunda-feira, setembro 17, 2007

ROMANTISMO QB
Inúmeros são os poemas e outros escritos que relatam a visão que preencheu os olhos dos que passaram os dias de sonhar na velha Fortaleza de Peniche.
Hoje a visão romântica de gaivotas e mar com os campos tratados ao fundo, começa a ceder lugar às novas tecnologias.
Precisamos de uma outra e sarcástica visão do mundo que combine pás metálicas com ervas aromáticas. E Fortaleza com cardume, nem que seja de mastros verticais.
Acreditem que não é fácil construir uma rima decente com esta nova vista.

sábado, setembro 15, 2007

ESTA APAGADA E VIL TRISTEZA.. (Os Lusíadas – Canto X /145) Que a todos envolve é feita de medos e pavores. De não ser como os outros. Ou de o ser. De ter menos que os outros. Ou que pensem que tenho mais. De querer chegar mais longe. Ou uma vez lá, ter receio do que poderá acontecer.
Tristeza que nos foi oferecida em Alcácer-Quibir e que até hoje aguarda um outro caminho de regresso. Somos a Igreja de Stª Engrácia, mais que Panteão Nacional. Entramos no Mundo com o Fado. Fatimizámos as nossas esperanças e percorremos de joelhos o que de cabeça erguida e inteiros deveria ser o nosso porvir.
Temos os medos todos do Mundo e escolhemos vivê-los porque desejamos não ser felizes.
Fui à Wikipédia à lista de Fobias. É um mar de atitudes portuguesas.Ablutofobia - medo de tomar banho.
Afobia - medo da falta de fobias
Agliofobia - medo de sentir dor.
Afefobia - medo de ser tocado.
Agorafobia - medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos (mercados, * shopping, supermercados) ou deixar lugar seguro.
Agirofobia - medo de ruas ou cruzamento de ruas.
Ambulofobia - medo de andar
Amnesifobia - medo de perder a memória.
Ancraofobia ou Anemofobia - medo de correntes de ar
Antropofobia - medo de pessoas ou da sociedade
Apeirofobia - medo de infinito
Aritmofobia - medo de números
Atazagorafobia - medo de ficar esquecido ou ignorado
Atiquifobia - medo do fracasso
Autofobia Medo de ficar só ou sozinho
Azinofobia medo de apanhar do pai
Biofobia - medo da vida Cacorrafiofobia - medo de fracasso ou falhar
Cainofobia ou cainotofobia - medo de novidades
Catagelofobia - medo do ridículo (estar ou ser)
Cenofobia ou centofobia - medo que caracteriza-se pela aversão e medo mórbido de sentir inquietação de grandes espaços abertos.
Cinetofobia ou cinesofobia - medo de movimento
Deipnofobia - medo de jantar e conversas do jantar
Enoclofobia - medo de multidão
Enosiofobia ou enissofobia - medo de ter cometido um pecado ou crítica imperdoável
Epistemofobia - medo do conhecimento
Equinofobia - medo de cavalos
Eremofobia - medo de ficar só
Ergofobia - medo do trabalho
Eritrofobia, eritofobia ou ereutofobia - medo de luz vermelha ou do vermelho
Escopofobia ou escoptofobia - medo de estar sendo olhado
Escotofobia - medo de escuro
Espectrofobia - medo de fantasmas ou espectros
Estasibasifobia ou estasifobia - medo de ficar de pé ou andar (ambulofobia)
Estigiofobia - medo do inferno
Eufobia - medo de ouvir boas notícias
Filosofobia - medo de filosofia
Fobia Social - medo de estar sendo avaliado negativamente (socialmente)
Fobofobia - medo de fobias
Fronemofobia - medo de pensar
Geliofobia - medo de rir
Geniofobia - medo de manter a cabeça erguida
Gerontofobia - medo de pessoas idosas
Glossofobia - medo de falar ou tentar falar em publico
Gnosiofobia - medo do conhecimento
Harpaxofobia - medo de estar sendo roubado
Hedonofobia - medo de sentir prazer
Heresifobia ou hereiofobia - medo de desafiar a doutrina oficial do Governo) Hipengiofobia ou hipegiafobia - medo de responsabilidade ~
Hobofobia - medo de bêbados ou mendigos
Hormefobia - medo de ficar abalado ou chocado
Ideofobia - medo de ideias
Isolofobia - medo da solidão, de estar sozinho, o medo de ficar isolado

Laliofobia ou lalofobia - medo de falar
Liticafobia - medo de processos (civil)
Logizomecanofobia - medo de computadores
Logofobia - medo de palavras
Mastigofobia - medo de punição
Megalofobia - medo de coisas grandes
Melofobia - medo ou ódio de música
Metatesiofobia - medo de mudar
Metrofobia - medo ou ódio de poesia
Monofobia - medo de solidão ou ficar só
Neofarmafobia - medo de medicamentos novos
Neofobia - medo de qualquer coisa nova
Nostofobia - medo de voltar para casa
Oclofobia - medo de multidão
Oftalmofobia - medo de estar sendo vigiado
Oneirofobia - medo de sonhos
Onomatofobia - medo de ouvir certas palavras ou nomes
Pantofobia ou panofobia - medo de tudo
Paralipofobia - medo de responsabilidade
Pecatofobia - medo do pecado (crime imaginário)
Pedofobia - medo de crianças
Peniafobia - medo da pobreza
Pocrescofobia - medo de ganhar peso (obesofobia)
Polifobia - medo de muitas coisas
Poinefobia - medo de punição (castigo)
Ponofobia - medo de trabalho pesado ou de dor
Prosofobia - medo de progresso
Psicofobia - medo da mente
Papirofobia - medo de livros
Rabdofobia - medo de ser severamente punido
Sinistrofobia - medo de coisas do lado esquerdo, mão esquerda
Sinofobia - medo de chinês ou cultura chinesa
Sociofobia - medo da sociedade ou de pessoas em geral
Singenesofobia - medo de parentes
Soteriofobia - medo de dependência dos outros
Tanatofobia ou tantofobia - medo da morte ou de morrer
Tecnofobia - medo de tecnologia
Teratofobia - medo de crianças ou pessoas deformadas
Testofobia - medo de fazer provas (escolares)
Tropofobia - medo de mudar ou fazer mudanças
Xenofobia - medo de estrangeiros ou estranhos
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_fobias

quinta-feira, setembro 13, 2007

VIDEOVIGILÂNCIA“A Comissão Nacional de Protecção de Dados tem recebido pedidos de centenas de escolas do 2º/3º Ciclos e Secundárias que pretendem instalar sistemas de videovigilância”. A notícia é dos jornais e foi difundida pela Lusa.
À escolas que pretendem colocar os aparelhos em locais de lazer, como bares e recreios e ainda em alguns casos em salas de aula. Em todas estas situações não tem sido autorizada a colocação dos sistemas, só colhendo autorização a sua localização em zonas de cacifos para poder ser detectada a tentativa de assaltos.
CENTENAS DE ESCOLAS
Esta é a parte que me assusta. Quer dizer que se não houvesse uma Comissão que zela pela não intromissão na vida privada dos cidadãos, as escolas estavam desde já a ser o lugar privilegiado de criação de um grande, um enorme Big Brother.
O que me preocupa é que as Escolas que deveriam ser locais de eleição para transmitir conceitos como Protecção Individual, Direito à Reserva do Bom Nome, sejam desde logo instituições de Vigilância das Condutas Individuais e de Espionagem sobre o Exercício dos Direitos que a Constituição da República Portuguesa protege. Que professores são estes que autorizam estas coisas? Então para vigiar um criminoso ou um Pedófilo, é preciso autorização de um Juiz e para pôr olhos sobre cidadãos em Formação basta um qualquer grupo de “professorecos” achar que deve ser assim.
Se isto fosse feito para vigiar os professores era o fim do mundo. (Veja-se o caso do tal professor Charrua). Mas um Conselho Executivo e um Conselho pedagógico aceitar que isto seja feito sobre alunos, já não tem problemas…
Onde estão os sindicatos a reclamarem contra esta intromissão na vida pessoal dos alunos? Onde estão os políticos a revoltarem-se contra esta adulteração do papel pedagógico da Escola? Então agora quando temos problemas com as crianças, mandamo-las vigiar? E gravamos? E quando tivermos problemas com os professores? Porque não colocar um sistema destes nas Salas de Professores e nos seus locais de reuniões?
Estes professores que autorizaram estas Vigilâncias serão ex-funcionários da PIDE/DGS? E eu que julgava que 33 anos depois do 25 de Abril já se tinham todos reformado…

quarta-feira, setembro 12, 2007

SAPO FALANTE
Os mais ligados ao mundo do maravilhoso e do fantástico recordam por certo na história do “Pinóquio” aquela figura simpática do “Grilo Falante”. O senhor Grilo era a consciência do Pinóquio e, quando por qualquer razão o menino de madeira se esquecia de alguns dos valores que lhe foram incutidos pelo avô Gepeto, logo o grilito lhos recordava.
Também eu estou ligado a uma figurinha bizarra que me vai dando conversa enquanto vou matraqueando o teclado. Não se trata propriamente de “uma boa consciência”. É mais um irrequieto e muitas vezes truculento murmúrio. Tem os seus momentos bons. Mas na maioria das vezes desperta-me para coisas que eu nem sequer me recordaria não fossem os sussurros que me vai buzinando aos ouvidos.Se virem bem pela sua postura, tudo aponta para a “má conduta” a que na maioria das vezes me incentiva. Pé em cima do monitor, braço erguido a chamar a atenção para uma qualquer “caixa” que me estava a escapar.
O meu Sapo Falante tem uma postura de fidalga descortesia para com os políticos. Aí sou eu que o tenho de travar. E ele refila comigo. Depois como tem o Google e a Wikipédia à disposição, recorda-me coisas que há muito eu tinha armazenado na prateleira dos esquecimentos.
Ainda aqui há dias me chamava a atenção (a propósito de um assunto que aqui abordei) que eu não me espantasse com as reacções que me iam surgindo ao que escrevia. E para me confortar recordou-me uma citação do Churchill: “- Inimigos tenho no meu partido. Nos outros tenho adversários”.
E assim é que vou conversando em Peniche, com os que me lêem e com o meu Sapo Falante, amigo que nunca falha, mesmo quando me mete em alhadas por inconveniências que me vai soprando aos ouvidos.

segunda-feira, setembro 10, 2007

João Afra
A notícia surgiu inesperada. Tinha morrido o João Afra. Para a minha geração era assim que ele era conhecido. Para outros mais novos poderia ser o Escultor João Afra ou o Mestre João Afra. Natural de Peniche depois do casamento radicou-se em Lisboa, cursou a Faculdade de Belas Artes e ali se tornou Professor. Com obra espalhada pelo País tornou-se um nome conhecido das Artes no domínio da Escultura.
Aqui em Peniche e para muitos de nós continuou sempre a ser o João Afra. Esta relação intimista deu-lhe uma dimensão diferente da que muito provavelmente mereceria.
Dele recordo de forma mais simplista um facto e duas histórias.
Um facto, o de ser proprietário de uma das casas mais célebres de Peniche: A “Casa Encarnada”. Quando eu era menino a “Casa Encarnada” preencheu os meus sonhos. Durante muitos anos ergueu-se solitária na costa sul de Peniche e, nos nossos passeios a pé ou nas idas à Berlenga sempre foi uma referência. As histórias que aquela “Casa” encerra são tão fantásticas, quanto ela própria.
Eu era aluno do 3º Ano do Curso de Formação de Serralheiros da Escola Comercial e Industrial de Peniche. Como professor de Tecnologia Mecânica tinha, uma professora. A Engª Maria Beatriz. Isto não devia ser assim. Estávamos em 1960. Noutra época, noutro século. Uma mulher não devia ser Engenheira. E muito menos engenheira electrotécnica. Mas a Maria Beatriz era-o. Passados poucos meses de ela estar cá rebenta outra novidade na pacóvia Peniche desse tempo. A Engª Maria Beatriz ia casar com o João Afra. A confusão que isso deu nas aulas de Tecnologia Mecânica, com todos nós a massacrarmos o juízo à professora querendo ser convidados.
Passados uns anos, poucos, estava eu a lanchar na “Charcutaria Suíça” de boa memória e entra o João Afra com 2 filhos do casamento com a minha ex-professora. Um menino e uma menina tanto quanto me lembro. O miúdo teria para aí uns 6/7 anos. Alguém vai saber o que é que eles queriam e o rapaz, pede um sumo. Ao que o pai lhe diz que teria de comer um iogurte, por qualquer razão que agora não recordo. O puto refilão insiste no sumo. O pai no iogurte. Sumo para cá, iogurte para lá, até que o rapaz se volta para o Afra e lhe diz: “-Olha vai à merda!”. O João olha para nós e olha para o empregado. Olha para o filho com um ar de quem se interroga sobre o que há-de fazer ao filho, e em surdina diz-lhe: “-Olha! Vai tu!”
Contadas as minhas referências sobre o João Afra, nesta hora de adeus ao conterrâneo que já escapou à lei do esquecimento, resta-me endereçar à família e muito particularmente à minha professora, as minhas sentidas condolências.Monumento a Soeiro Pereira Gomes – Alhandra, em parceria com João Duarte. Foto de Noémia Melo Costa Dias.Monumento ao 25 de Abril em Peniche, na Avenida com o mesmo nome.
AS GRANDES SUPERFÍCIES
O comércio tradicional culpa as grandes e médias superfícies do seu declínio. Cafés e pastelarias excluídos. Era curioso sabermos quantos cafés, bares e pastelarias existem por quilómetro quadrado em Peniche.
Com as vendas na Net, é fácil a qualquer cidadão adquirir tudo quanto estiver ao alcance de um click. O pequeno comércio local ou deixa de se caricaturar a si próprio ou mais vale desistir. Estamos no século XXI e não vamos voltar para trás.
Não é carpindo mágoas, nem lamuriando sobre falta de estacionamentos, nem atirando para os outros a responsabilidade sobre a sua própria incompetência, que se combate o aliciamento dos grandes meios publicitários sobre o consumidor.
Como é que é? NÃO SEI! Nem quero saber. Não sou comerciante. Sou consumidor. Descobrir o que têm a fazer é trabalho e obrigação do comércio local e da sua Associação. Eu consumidor SEI O QUE QUERO e principalmente sei o que não quero!

sexta-feira, setembro 07, 2007

A DIMENSÃO DA ECONOMIA NA CIDADE DE PENICHE
Começo por dizer que não percebo nada de assuntos económicos. No Expresso e no DN (que compro) e no Público (que jurei nunca mais comprar), são os primeiros suplementos a engrossarem os pontos verdes perto de minha casa. Este título é pois sensacionalista e está cá só para chamar a atenção.
Mas sou sensível ao que vejo acontecer e ao que ouço dizer à minha volta. O certo é que se fala do número de falências ou de estabelecimentos que encerram por falta de sucesso económico. Não duvido que este seja um problema real, que afecta a fraca economia penichense. No entanto este é um problema que não é de agora. Hoje existem de facto grandes superfícies com uma concorrência feroz ao pequeno comércio. Mas o consumidor não me parece aborrecido com isso.
Vem isto a propósito de um desdobrável sobre Turismo e Comércio editado entre nós no 1º quartel do sec. XX, em que fui encontrar os diversos estabelecimentos que aqui existiam nessa época. Outros poderiam existir, mas a sua importância era tão pouco significativa que nem os promotores, nem a Comissão De Iniciativa e TURISMO DE PENICHE, consideraram interessantes para aqui figurarem.
O mais interessante em tudo isto é que nenhuma destas empresas resistiu à voragem do tempo. Na maioria dos casos nem os espaços em que funcionaram correspondem hoje a locais de carácter comercial.
Sei que provavelmente será fastidiosa esta publicação de hoje. Fica para a posteridade e para gáudio dos mais curiosos sobre as “pequenas coisas” que tornaram Peniche a terra que hoje é.
PALETA DE CORES
A gente percorre as ruas do centro histórico de Peniche e embaraça-se. Ou está degradado ou quando é conservado, isso é feito ao gosto do "Big Brother": Feio, Porco e Mau.
E interrogamo-nos sobre a despesa em honorários com tantos fiscais. Eu sei que ninguém concorre para um lugar desse tipo que seja interrogado sobre Património.
Eu sei que ambiente não faz parte das preocupações de quem tem a responsabilidade técnica dos Serviços autárquicos.
Eu sei que... se gasta tanto dinheiro para recuperar escolas, dando assim aos nossos meninos e meninas exemplos de como fazer bem e depois estragamos tudo com as porcarias que aceitamos que proliferem por aí. É que há coisas tão evidentes que nem é preciso ser muito observador. Aguardemos por melhores dias.

quarta-feira, setembro 05, 2007

A ESCOLA DO FILTRO De vez em quando e por razões que nos enchem de satisfação, apetece-nos falar de algumas coisas. De entre elas destaco hoje a Escola do Filtro. A Escola nº 2 da cidade de Peniche. E escola que foi da minha mulher e da minha filha. A escola do tracoma. E escola dos meninos e das meninas de Peniche de Cima. Onde Peniche houve o nome. A escola do pessoal do Forte da Luz e do Bairro dos Pescadores. A escola dos filhos do Bairro do Calvário.
Por todas as razões que têm que ver comigo, com os Penicheiros de Peniche de Cima e com o Património Histórico e Humano que o Filtro congrega, a Escola do Filtro tem marcas indeléveis que nenhum de nós quer ver, sequer esfumarem-se no tempo. Falámos aqui das obras que ali decorreram. 75 000 contos em dinheiro penicheiro como diz um amigo meu. As obras acabaram e eu pedi para visitar a escola no dia em que o empreiteiro a entregou à Câmara Municipal. São as fotos que hoje publicito. Com alegria. Com orgulho. A “nossa” Escola do Filtro, aí está resplandecente de orgulho no seu novo fato domingueiro. Que mais 50 anos de idade lhe povoem as memórias. E que os filhos dos meus filhos sintam tanto orgulho nela como eu. Aos seus professores, alunos e funcionários desejo muitos votos de felicidades pessoais e profissionais.

Sugiro que no próximo fim de semana, já que o Boletim Meteriológico informa que estará o céu coberto de núvens, uma visita à Escola do Filtro. Creiam que merece a pena e ao mesmo tempo, servirá para encher o ego e sentirmos orgulho de sermos de Peniche.