domingo, setembro 30, 2007

PORTUGAL Apesar de uma maneira geral ter tendência para me esquecer da minha alma lusa, de forma contranatura já que escrevendo compulsivamente, a minha pátria (a Língua Portuguesa) está sempre em mim, decidi regressar a Portugal.
Esta coisa da globalização conseguiu o que o velhinho slogan dos meus tempos revolucionários nunca foi capaz. As fronteiras desapareceram de vez, o sentido de terra e de país tornaram-se fictícios pois só dependem do clicar do rato.
Por uma vez decidi que Peniche é pouco importante. Que eu sou pouco importante. Que merece a pena reflectir sobre o nosso passado colectivo pois daí depende muito do nosso futuro.
Na próxima 6ª Feira celebra-se o 5 de Outubro. Em minha casa e no meu país. O meu pai se fosse vivo fazia 93 anos. E eu sou consequência do Homem que ele foi.
Celebra-se a Implantação da República. Há 97 anos caía um Regime caduco e anquilosado, para dar lugar a uma nova esperança de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Esta comemoração leva-me a que durante esta semana faça dela o tema central dos meus “escreveres”. Fui ao baú do meu avô buscar algumas das suas recordações da época. E durante esta semana a propósito do que for dizendo (ou sem ser a propósito) vou expondo algumas dessas memórias ilustradas.
Hoje trago-vos um postal que foi feito na época com as fotografias dos dois regicidas: Manuel Buiça e Alfredo Costa. A 1 de Fevereiro de 1908, junto à Rua do Arsenal o Rei D. Carlos e o Príncipe herdeiro Luís Filipe foram assassinados. Os autores do crime, mortos também no decorrer desse incidente, numa fase inicial foram tratados como mártires da Pátria. Passado algum tempo caíram no esquecimento e os próprios republicanos evitavam referir-se-lhes.O 2º Postal é feito logo a seguir para homenagear o Rei D. Manuel II e a Rainha sua esposa (Princesa Augusta Vitória) que entretanto foram nomeados sucessores de D. Carlos.

1 comentário:

anónimo disse...

Sabe-se porque ninguem mais os lembrou? Nunca foram lembrados. O que se passa é que a propaganda repubelicana, à base do crime e do terrorismo, empastelamentos de jornais não republicanos, não conseguiu fazer passar os terroristas regicidas como salvadores da pátria... Pouco tempo depois Portugal, na mão dos republicanos, passou à banca-rota, com a maior dívida da história, e com vários crimes de estado cometidos preduradamente.