segunda-feira, junho 30, 2008

VERDEEste sábado à noite, fui mais uma vez participar com a minha família na Corrida das Fogueiras. E quando digo participar, não estou a dizer que tenha corrido. Fiz mais uma vez parte do público que ao longo do percurso se fez ouvir pelos que nela entraram correndo. A magia deste evento é esta. Todos somos parte dele. Os que correm e os que aplaudem. A Corrida das Fogueiras é Festa. Querer transformá-la em coisa séria e pomposa é tirar-lhe a graça toda. Mas o que tem isto tudo a ver com verde?
Em toda a cidade só se viam camisolas verdes. Escolha deste ano para a cor das T-shirt da prova. Ao chegar ao largo da Câmara encontro um novo e belíssimo autocarro para o serviço do Município todo ele verde.
Veio-me à memória o belíssimo poema de Frederico Garcia Lorca:
“Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde…”
As cores símbolo de Peniche, o vermelho e preto fugiram. Agora começo a ver verde. Permitam os Deuses que seja ou por acaso ou de esperança. Eu cá ficaria danado se fosse só por o Jorge Amador ser do Sporting. Irra!

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