sexta-feira, janeiro 30, 2009

TER OPINIÃO
Pode não se ter razão. Mas é bom e saudável pensar pela própria cabeça. Ajuda a prevenir o Alzheimer. Excepto em política. Ou quando se é dependente de boas vontades. Nestes contextos o importante é ser “is master voice”.
Quem tem opinião está condenado ao fracasso. E a não se representar mais que a si mesmo. Todos nós conhecemos pessoas que estão sempre de acordo com os líderes. Digam eles o que disserem. Façam o que fizerem. É líder estou com ele. Ponto final parágrafo.
Muda o líder, muda a opinião. Porque há que prestar vassalagem ao novo líder. Todos nós conhecemos pessoas que entram pelos gabinetes do poder (do Estado, Autárquico, Religioso, Económico) fazendo juramentos de fidelidade. Até é possível conhecer pessoas que fazem afirmações caricatas do tipo, “eu votei em si” e consultados os cadernos eleitorais verifica-se que há mais de 20 anos que não votam rigorosamente para nada.
Todos conhecemos pessoas em que as suas opiniões e prioridades são ditadas pela comunicação social. E quanto mais escabrosa for a imagem de marca vendida, mais paixão suscita nos seus propaladores.
Afinal, vale ou não a pena ter opinião? Não sei. Cada um faz a sua opção. Eu, estou aqui excepto um outro dia. Uns dias acham piada ao que escrevo. Outros dias não acham piada nenhuma. Mas eu sou o somatório de todos os dias e de tudo aquilo que publico. Eu não sou. Estou sendo. E gosto de mim assim.

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