quarta-feira, fevereiro 23, 2011

A INCOMPETÊNCIA DOS SINDICATOS
Desde que em 2010 se verificaram as grandes contestações públicas de professores promovidas pelos sindicatos e com o apoio da esquerda radical, da esquerda conservadora e dos meios de comunicação, assistiu-se a um afrouxar de iniciativas que correspondeu a uma gestão criteriosa do Ministério da Educação das medidas que queria ver consolidadas.
Há cerca de um ano que os Sindicatos piam de mansinho aguardando o momento que lhes for mais propício do ponto de vista televisivo ou jornalístico, para obterem os dividendos que os seus Dirigentes procuram.
Começam agora a surgir notícias de um certo mal-estar nas escolas com o ambiente gerado nas aulas assistidas e com professores a serem avaliados por professores. E no entanto desde sempre que seria de prever este tipo de conflitos. Quem passou pelos Estágios Clássicos tendo as suas aulas assistidas e reuniões criticas com o grupo de estagiários e de Orientadores de Estágio para análise das ocorrências observadas na aula, sabe que a não ser que as pessoas sejam devidamente preparadas para este trabalho ele pode trazer traumas e conflitos que se podem tornar insanáveis. Também ninguém espera que seja o Ministério a promover acções de análise e de estudos comportamentais para poder compreender e conviver com esta nova formulação nas Escolas.
Desde que se sabe que este modelo de avaliação de Professores seria aplicado, já passaram uns quantos períodos de férias lectivas. Teria havido tempo suficiente para os Sindicatos promoverem Regionalmente acções de preparação dos Docentes, para perceberem e lidarem com os seus comportamentos e os dos observadores, num contexto de avaliação em sala de aula.
Teriam aí uma margem extremamente correcta de colaborarem com os professores que dizem defender e de se imporem perante o Ministério que perceberia então que os professores não temem ser avaliados, querem é que essa avaliação seja aplicada de forma correcta e justa.
Ganhariam poder os Sindicatos perante os seus e perante o “patrão”. Ao deixarem ao abandono milhares de professores, só empurrados pela raiva que fomentaram e sem os preparem para se defenderem, geraram um ambiente de descrédito que está longe de beneficiar quem quer que seja.

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