terça-feira, fevereiro 15, 2011

O EXERCÍCIO DO PODER
Manifesta-se de diferentes maneiras. Para os que o exercem com Honra e Dignidade as atitudes manifestam-se de forma consensual ou quando existe desacordo os que no fim não são quem vê as suas posições escolhidas, não sente que perdeu e manifesta vontade de colaborar na execução da opção escolhida mesmo não sendo a sua.
Quem exerce o poder porque julga ter um contributo a dar à comunidade não procura obter pequeninos dividendos que o perpetuem no poder. O poder em si mesmo não significa nada. Só significa que podemos estar mais perto dos órgãos decisores para os influenciarmos e podermos com isso colaborar nos princípios que tornam o Homem mais Livre, mais Fraterno, mais Igual aos outros.
Querem um exemplo de um estadista próximo no tempo de alguém com este perfil? Nelson Mandela.
Infelizmente o exercício do poder tem vindo a degradar-se ao longo dos tempos. Os tiranos e os seus seguidores utilizam os meios mais diversos para se servirem nem que para isso tenham de pisar e subir à custa de familiares e amigos. À custa das convicções e ideais dos outros. Das suas crenças e das suas capacidades de apoio ao que acreditam.
Temos vindo a perceber como os partidos do Governo espalham ofertas pelos correligionários que os apoiam. Importante é não por em causa a acção de quem governa. Dizer que não se está de acordo é crime de lesa pátria. Por em causa determinadas medidas é o mesmo que pertencer a um bando de terroristas. Denunciar fórmulas autoritárias de concentração do poder é por em causa a continuidade de uma acção “justa” em oposição “aos outros” que se querem aproveitar dos “nossos momentos menos bons”.
E isto que serve para o Governo da Nação, serve para o poder interno dos partidos, ou para o exercício de uma acção de uma dimensão menos significativa como seja o exercício do poder autárquico.
O poder exerce-se partilhando, ouvindo, discutindo e aceitando. Quem não o entender está condenado ao isolamento ou a só ter como local para manifestar as suas aptências suicidárias uma qualquer ONG.

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