A VELHINHA MAFIOSA
A velhinha subia a rua transportando dois enormes sacos negros, desses que são usados para o lixo. Um deles, roto, deixava de quando em quando cair no chão parte do conteúdo, neste caso notas de 100 Euros. Há um polícia que a interpela:
- A senhora tem de ter mais cuidado. Está a deixar cair dinheiro desse enorme saco... - disse-lhe o guarda.
- Muito obrigada, senhor guarda. Tenho de voltar atrás e apanhar o dinheiro que me caiu... - agradeceu ternamente a velhinha.
O polícia, curioso não a liberou de imediato:
- Esse saco enorme, cheio de dinheiro, de onde vem? Não é dinheiro roubado, não?
- Que ideia, senhor guarda! Não!
- Disse ela quase indignada.
- Eu moro ali ao lado do estádio de futebol, ali em baixo, sabe?O polícia assentiu.- Tenho ali uma casinha com um jardinzinho, umas roseiras, umas buganvílias... e os espectadores, à entrada e à saída têm o hábito de se encostar aos arbustos e urinar mesmo em cima dos meus canteiros e estragam-me as flores todas. De maneira que nos dias de jogo eu escondo-me atrás do muro com a minha tesoura de podar e quando eles estão com o membro de fora eu apareço e digo:
"- Ou me dás cem euros ou corto!"
O polícia riu-se em gargalhadas francas.
- Não me parece nada má ideia.
Preparava-se para deixar a velhinha seguir o seu destino quando lhe perguntou:
- Mas... e o outro saco, também tem dinheiro?
- Ah, senhor guarda, sabe como é, nem toda a gente paga...
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