CELEBRAR ABRIL: - O QUÊ? PARA QUÊ? ONDE? QUANDO? COM QUÊ? QUEM? COMO?
O Camarada Otelo está cheio de dúvidas. A Assembleia da República tem certezas. O PR assim, assim. Os PCs e afins dizem SEMPRE!
O Zé Povo está-se borrifando para o que representa, só vale pelo feriado. Cabotinismos à parte o 25 de Abril já é o 5 de Outubro. Na Fortaleza de Peniche insiste-se em ler discursos estúpidos de quem já nem percebe o que está ali a fazer, para ouvidos moucos. A Banda toca porque sim. Ouvem-se foguetes que já não têm o fulgor dos primeiros dias.
Enquanto uns poucos tentam agarrar-se à memória que os justifica, a grande maioria olha para o lado sabendo que nada daquilo merece a pena.
Já não há festa para celebrar. Já não há egrégios avós. Somos um povo de mão estendida, implorando um milagre à Virgem para que os eurocépticos não ganhem as eleições na Finlândia.
Não temos ditaduras para derrubar. Os tiranos são obtusos e os nossos inimigos são o corte do crédito e o carro topo de gama que já não podemos comprar.
Quem é que quer saber do que acontecia no século passado? O que nos preocupa é aquilo que nos querem tirar agora para que os tostões se convertam em milhões.
Depois do Paulinho das Feiras ter sido Ministro da Defesa eu perdi toda a Fé com as Forças Armadas. Não consigo compreender as lógicas partidárias nem as suas clientelas.
Vamos celebrar o quê? Deixem-se de histórias de fantasmas e de recordações bolorentas. Digam-me quanto é que tenho de pagar da minha pensão e deixem-me em paz por 3 ou 4 anos.
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