FARISEUS E FARISAISMOS
Onde estava a Igreja Católica Portuguesa quando milhares de jovens eram enviados para as antigas colónias com a missão de matar e de morrer em nome de uma política que se sabia condenada a fracassar?
Onde estavam os Padres, Bispos e Arcebispos quando portugueses eram presos e torturados, exilados e perdiam os seus empregos por delito de opinião?
Claro que houve algumas (poucas) honrosas excepções. Só que agora proliferam os que se exibem a praticar o bem, como se não fosse o seu dever perante o Deus em que dizem acreditar. São inúmeros agora os que se pavoneiam com opiniões políticas (o que não seria mau de todo se não representassem muitas vezes uma intromissão na esfera partidária), dizia eu, todos sabem o que está bem ou mal politicamente quando em tempo oportuno abençoaram os torcionários do Povo Português. Ainda não vi a Igreja Portuguesa (a exemplo do que fez João Paulo II) pedir perdão pelo seu silêncio até 1974. E pedir duas vezes perdão pelo seu comprometimento nos altares, nas homilias ou nas suas atitudes em relação ao que foi o seu comprometimento com o Fascismo português.
Quando o fizer estarei mais disponível para ouvir as suas “postas de pescada” venham elas em nome individual ou de qualquer conferência da treta.
Estou desejoso que Deus exista. E que o Inferno lá esteja à espera dos pecadores. É que como vou para lá quero encontrar-me com muitos dos que fizeram o seu percurso na hierarquia da Igreja Portuguesa.
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