quinta-feira, maio 26, 2011

LÍNGUAS MORTAS
Entre outras, as mais conhecidas são o Latim e o Grego. São mortas porque deixaram de se falar. A pureza dessas línguas foi uma exigência dos que as falavam, não admitindo nunca a introdução de novos vocábulos, ou a sua renovação linguística com associações a outros dialectos ou línguas derivadas. Essas línguas encerraram-se em si mesmas, não se renovando e abrindo a outras vieram a definhar e a morrer. Hoje são faladas por alguns (poucos) puristas e estudiosos, mais para perceberem a evolução semiótica do que com preocupações pela origem do “falar”, “compreender” e “reconhecer”.
Assim é com certas civilizações, movimentos de cidadãos e ideologias. Fecham-se em si próprias. Vivem do seu passado remexendo nele como em feridas nunca saradas, rememoram a todos os instantes as suas glórias e sacrifícios passados, como se nunca o tivessem feito pelos outros, mas para seu orgulho pessoal. Os pais criam os seus filhos e libertam-nos para viverem uma vida própria. Mesmo que com erros. A Lei da Natureza assim determina.
Mas para certo tipo de autismo quem pular a cerca, ou pelo menos exerça o seu livre direito à crítica é condenado, repudiado e perde o direito a poder expressar-se. Assim definham os que fazem do que defendem o centro do Universo. Não perceberam ainda que o pensamento humano evoluiu e que è na vivência plena da Liberdade de Pensar que a humanidade vai encontrar as forças que a irão tornar mais corajosa, mais lúcida, mais solidária.

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