A GRANDE MURALHA DA CHINA
No passado dia 5 de Março, transcrevi uma notícia do “DN” em que a Câmara Municipal de Peniche ou o seu Presidente, ou ambos, declaravam a sua preocupação sobre a cintura de muralhas de Peniche e o perigo de derrocada que oferecem face à erosão marítima.
Ou esta é uma história “naif” ou em Peniche vive-se numa bolha isolada do resto do país.
O Estado Português ou o Governo que nos desgoverna, roubam dinheiro aos pensionistas e reformados. Espoliam os velhos de condições de acesso à saúde. Impedem-se os jovens da entrada no mercado de trabalho. Os adultos e mais velhos vêm encerrar as suas empresas e milhares de famílias são espoliadas do seu sustento. A cultura, as forças armadas, as pescas, a indústria naval, tudo é reduzido à miséria mais dramática. Vende- se ao desbarato algum dos nosso melhor património acumulado por gerações sucessivas.
Quem é que pode acreditar que um qualquer Governo, e este em particular, estará interessado em afectar centenas de milhares de euros que serão necessários para pagar os juros dos empréstimos dos sistemas monetários que nos asfixiam, para arranjar muralhas que representam um passado morto e enterrado. Que importância tem uma muralha comparada com as necessidades de pagar os muitos BPNs que para aí pululam? A muralha está para caír? Deixem-na cair. Quem não tem unhas, não pode tocar guitarra. Estou a ser grosseiro? A culpa do estado a que chegou a muralha nõa é deste Governo (embora dê jeito culpá-lo de tal) é de sucessivos Governos e de sucessivos presidentes da Câmara, que nunca olharam para o seu património edificado com olhos de ver e coração de sentir. Agora é muito tarde. Pode servir este grito de alerta para fazer campanha eleitoral, mas não serve para resolver coisa nenhuma, e é importante que tenhamos consciência disso.
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