sexta-feira, março 15, 2013

SOMOS UM POVO QUE SE PERDEU
Foto Hélder Blayer
Entre a ingenuidade e a opressão. Acreditámos nos arautos da esperança e de um sol a brilhar para todos. Acreditámos que morto o “bicho” se acabava a “peçonha”. Nunca nos disseram que nada do que brilhava era oiro. Condenados desde os idos de 1400 a encaminhar-nos para fora do nosso espaço, hoje nem nos conhecemos. Odeio os que me mentiram. Odeio os que fizeram de mim capacho. Odeio os que se aproveitaram de mim para me tornar um pária. E no entanto eu tinha a obrigação de ser inteligente. Mas nunca o fui quando tinha que lidar com sentimentos e paixões.
Indigno-me por já não ser capaz de pegar em armas, sejam elas pistolas, metralhadoras, canetas ou a voz e desatar disparar contra quem me (nos) condenou a este exílio.

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