Este é o título de um livro de John Steinbeck Prémio Nobel da Literatura em 1962 e Prémio Pullitzer de 1940. É um livro que retracta a oposição entre os valores económicos que conferiram aos EUA um lugar de líder mundial e os valores sociais que conferem ao Homem um lugar prioritário como figura central de um desenvolvimento harmonioso.
Nada mais adequado ao momento que vivemos. Campeiam a fome, a miséria, a indignidade, a ausência de valores éticos e cívicos. O cidadão comum passou a aberração quando comparado a valores económicos e um impecilho para a defesa de uma unidade monetária em má hora parida.
E eu português merdoso, que nunca fui convidado a manifestar-me sobre se queria integrar-me numa Europa em decadência e volúvel, ou se me interessava ser pedinte no reino do euro alemão e francófono, estou aqui, aguardando que disputem as migalhas do meu pão, para que euroditadores do mercado económico possam sobreviver ao terror dos dias de maldição que espalharam.
Não fui convidado senão para ser mendigo. Usufrutuário das migalhas de caridade com que católicos e outros afins vão conquistando os seus céus paradisíacos. Enquanto o papa reformado vive em habitação gratuita, com cama, mesa e roupa lavada, e ainda com uma reforma de 2500 euros mensais para adquirir sapatos castanhos manufacturados por miseráveis mexicanos.
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