terça-feira, julho 01, 2014


A REVISÃO DO PDM

Muito provavelmente vou ser injusto.

A aprovação e as revisões do PDM que vincularão o crescimento e desenvolvimento de um concelho, são providas de uma linguagem exotérica e rebuscada que só os muito entendidos compreenderão. O cidadão comum, lê e não compreende. Vê mapas e lê parágrafos pejados de termos técnicos de tal preciosismo que julga sempre estar a ser vítima de um processo de intenções (más).

Participei na Assembleia Municipal que aprovou o actual PDM de Peniche. Eu por mim votei contra. Por 2 principais ordens de razão. A primeira foi a minha relutância em ver a zona da Papôa passível de ser ocupada por cimento armado. A segunda foi porque sempre considerei aquele documento demasiado rebuscado para meu gosto. Precisava que alguém explicasse o que ali estava de forma clara e simples para eu poder perceber o que aquele documento permitia e o que vetava. Infelizmente antes que eu pudesse esclarecer as minhas dúvidas, um conluio entre o grupo da Assembleia Municipal do PSD e o grupo do PCP, obrigaram à votação daquele instrumento sem que eu ficasse esclarecido.

Não sei quem ganha ou quem perde com esta revisão. Isso terá que ver com interesses imobiliários mais ou menos transparentes. É de prever que o PSD pague agora com juros ao PCP o favor que então lhe foi feito.

Considero que a revisão do PDM de Peniche não será mais feliz que o próprio. Alguém ganhará com este negócio e o Concelho de Peniche não o será por certo.

Existem tantos terrenos apetecíveis em S. Bernardino e em Ferrel…

Como disse de inicio se calhar estou a ser injusto. Mas onde se metem politiqueiros, existe maldade. E se forem provincianos tanto piores serão porque a tendência será sempre a da fotocópia ser pior que o original.

Sobre o que de eventualmente errado aconteceu com o PDM ainda em vigor, pesa a responsabilidade de João Augusto Tavares Barradas e Dr. António José Barradas Leitão, com a bênção do PCP.

O que irá acontecer com esta revisão, ficará sobre os ombros de António José Correia e Maria João Avelar. Com o que a AM decidir.

  

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