segunda-feira, outubro 01, 2007

FADO
Portugal rima com fado
A 23 de Maio de 1536 por bula do Papa Paulo III, ao tempo de D. João III, foi instituída em Portugal a Inquisição ao serviço da coroa e da Igreja. Apesar de no século XVIII ter começado a perder a sua força inicial, também por influência do Marquês de Pombal, este Tribunal contra a Liberdade de expressão só viria a ser totalmente extinto em 1821 por decisão das Cortes Gerais.
É curioso recordar que quando a Inquisição não era tão feroz, era porque se fazia sentir com igual ferocidade o rigor do poder régio ou dos seus ministros. Também importa referir que Portugal vai perdendo importância no concerto das nações sempre que se aqui se acentua a repressão ou as medidas que põem em causa o exercício da Liberdade.
Assim chegamos ao século XIX, quando se inicia todo um processo de lutas entre monárquicos e republicanos. Desenvolvem-se partidos que se formam e desfazem com uma celeridade que torna difícil a sua implantação entre a classe média. Da perda de influência surgem os problemas com os nossos aliados que se tentam aproveitar das nossas possessões ultramarinas. Perdemos dinheiro e influência e ganhamos prisões repletas e forçados mandados para as colónias.
Segue-se o período perturbado e perturbador da Implantação da República, a queda da Economia Nacional e o Estado Novo.
Entre meados do século XVI e 1974, (cerca de 450 anos) a nossa experiência é com maior ou menor repressão e com modelos sucessivos de limitação da Liberdade de Expressão. O nosso viver comum tem sido desenvolvido a aprender e a esquecer fórmulas democráticas de estar em conjunto.
Portugal tem sido símbolo e sinal de atraso e de ignorância. Preocupante é que têm sido elites muito pouco aceites e restritas que têm beneficiado dos poucos momentos de reencontro com as ideias libertadoras que sempre nos chegaram de fora, como se a Europa fosse de facto a única via para o nosso desenvolvimento.
Do final do século XIX e princípios do século XX respingo postais ilustrados com as figuras da República responsáveis pelo Estado português na nova aventura democrática que se iniciou em 5 de Outubro. Dr. António José d' Almeida - Dr. João Menezes - Dr. Afonso Costa - Dr. Alexandre Braga

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