NA PASSADA 6ª FEIRA…
fui como é habitual às compras ao Intermarché com a minha mulher. Estava eu no corredor dos óleos e azeites quando uma senhora toda esbaforida veio ter comigo perguntando-me se eu era o proprietário de uma casa sita na Praça Jacob Rodrigues Pereira onde funciona uma das lojas “Teixeira’s” e se estava a pensar vende-la.
Dividi os meus sentimentos entre a indignação, a estupefacção e o espanto.A CASA, aquela casa, é a casa de família há pelo menos dois séculos. O mínimo que eu poderia esperar era que existisse um pouco de dignidade na forma como alguém a mim se dirige para tentar negociar “aquele” bem patrimonial.
É verdade que eu sei que os valores, e as tradições familiares começam a ser princípios que já não se usam, ou que estão demasiado gastos para poderem ser úteis a alguém. Mas que diabo… Não me parece que fazer negócios (com o montante que aquela venda pressupõe) num corredor de um qualquer supermercado e em tom de voz que qualquer pessoa ficaria a saber do que se tratava, comporte um pouco de bom senso ou do comedimento necessários. De tudo se culpa “a crise” e o “sócrates”(1). Desta falta de “chá” e de respeito pelos outros não creio que tenham responsabilidade.
Mas uma coisa vos garanto. Se alguma vez quiser um bem imobiliário qualquer que seja, aquela senhora e aquela empresa, já “era”.
(1) – Escrevi sócrates com letra pequena de propósito. De tanto ser falado em representação de tudo o que está mal, já deixou de ser um nome próprio para se tornar um nome comum.
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