Já correram rios de tinta sobre a queda do governo, o malandro do Sócrates e o oportunismo do PS. Se é verdade que foram estes os executores finais de um conjunto de atitudes arrogantes e prepotentes que os tornou os alvos fáceis da bancarrota em que vivemos, não é menos verdade que conseguir uma santa aliança entre esquerda e direita no sentido de derrubar um governo, não é tarefa fácil nem de pouca monta.
Só o Estado Novo (de que eu me recorde) conseguiu tanta unanimidade entre sectores tão díspares da vida política portuguesa.
Começam agora a levantar-se os véus de nebulosa teia tecida. PCP (não se diz nada sobre a CDU, nem sobre os Verdes) vai reunir com o BE visando uma eventual aproximação de objectivos e acções pós-eleitorais por parte dos partidos mais à esquerda do panorama político nacional.
PSD e CDS há muito que decidiram partilhar os lugares do poder quando um deles for governo.
O PS orgulhosamente só, aceita facilitar medidas excepcionais que possam retirar o país do atoleiro em que se afundou. Isto pressupõe que facilitará ou proporá (se for Governo) medidas de contenção e de desaceleração da nossa capacidade de aproximação à Europa, para permitir que o tal deficit possa ser atingido.
Desta última decisão, releva a necessidade de nomear os actuais apoiantes para lugares de substantiva segurança económica, de forma a ficarem a coberto de eventuais resultados eleitorais menos bons para o PS.
Torna-se relativamente fácil perceber o futuro próximo. Os dias do PSD estão a chegar. O PS vai entrar em período de desagregação interna. Resta-nos leiloar Portugal.
1 comentário:
Somente um teste
Desculpe tambem estou bloqueado aqui?
Manuel Joaquim Leonardo
Peniche Vancouver Canada
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