13 DE JUNHO DE 2011
123º Aniversário do Nascimento de Fernando Pessoa
Dia de Stº António
Neste tempo em que nada é o que parece. Neste tempo de desafios. Recordo hoje duas figuras portuguesas que se libertaram da lei da morte por acreditarem no que faziam. Um e outro são exemplos maiores da alma e sentir deste povo tão sacrificado ao longo de séculos por gente que nem merece abotoar-lhes os sapatos.
Apetece-me dizer que o meu Poeta mais venerado é o António de Lisboa e o meu Santo preferido é S. Fernando Pessoa.
Em jeito de oração ao António deixo aqui umas “quadras ao gosto popular” do Fernando:
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca.
Não sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca.
Trazes um manto comprido
Que não é xaile a valer.
Eu trago em ti o sentido
E não sei que hei-de dizer.
Santo António de Lisboa
Era um grande pregador,
Mas é por ser Santo António
Que as moças lhe têm amor.
No dia de S. João
Há fogueiras e folias
Gozam uns e outros não,
Tal qual como os outros dias.
Trazes os brincos compridos,
Aqueles brincos que são
Como as saudades que temos
A pender do coração.
Não há verdade na vida
Que se não diga a mentir.
Há quem apresse a subida
Para descer a sorrir.
O manjerico comprado
Não é melhor que o que dão.
Põe o manjerico ao lado
E dá-me o teu coração.
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