terça-feira, junho 14, 2011

JÁ QUASE TEMOS GOVERNO
A generalidade dos cidadãos deste país vive animada de esperança. Que “morto o bicho tenha acabado a peçonha”. O mau da fita desapareceu. “El Gastador” foi à vida. Temos agora uma dupla de gente séria, o Passos Coelho e o Paulo Portas, que vão rapidamente por em ordem as contas públicas e tornar um sonho mau os tempos que acabámos de viver. O PS reduzido aos escombros de si mesmo vai demorar 4 anos a recuperar. E mesmo aí os comunistas e os trotskistas irão recordar-nos dos males passados e tentar evitar a todo o custo que recuperem o fôlego.
Agricultores, intelectuais, operários, jovens licenciados e desempregados irão ter agora a sua grande oportunidade. Na Assembleia da República PSD, PP, PCP e BE terão agora a sua vez para corrigir tudo o que estava errado e com que se revoltaram ali mesmo e em grandes manifestações de massas na rua.
Os funcionários públicos não serão despedidos. Os enfermeiros terão as suas carreiras avalizadas. Os Militares verão finalmente os dias de glória pelos quais se bateram no 25 de Abril. Acabará a avaliação dos professores. Referendos colocarão ordem nos abortos possíveis p’rá “gentalha” dos bairros sociais. Não mais casamentos entre pessoas do mesmo género. As instituições de Ensino Particular retomarão os seus benefícios face à “elevada quólidade de ensino” que ministram. E haverá dinheiro para exercer caridade de forma digna.

Nota de humor: No período conturbado que acabámos de viver foi publicada uma nota nos jornais que passou desapercebida. Dava conta que no último concurso para professores, 4588 candidatos foram excluídos por erros cometidos no preenchimento dos documentos de concurso. Mais centena, menos centena, todos os anos é o mesmo com candidatos que não sabem preencher papéis (ou colocar cruzes nos quadrados respectivos, no concurso via NET).
Os incompetentes e os ignorantes são como os maus políticos. Nem precisam de ser avaliados. Eles auto-avaliam-se. Por isso podem os nossos novos dirigentes máximos estar descansados. Caiem como tordos, apodrecendo naturalmente. Sempre é menos uma preocupação.

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