ALGUNS MESES DEPOIS…
Há cerca de 2 anos o país embandeirou em arco. Não porque tivesse tido êxitos que o colocassem no TOP das nações que melhor qualidade de vida oferecia aos que nele viviam. Mas porque manifestações de professores nunca vistas antes tinham colocado em causa a Ministra e a política governativa para a Educação do Governo PS.
O PCP, a FRENPROF, o gestor das greves de professores que acumula funções no Comité Central com as de Presidente da meia dúzia que ainda paga cotas ao Sindicato, tinham conseguido o óbvio. Fazer com que entrasse no circuito da modernidade a contestação a toda e qualquer mudança no bem-bom em que durante anos os profs se tinham acomodado. Conseguido o apoio de alguma média de culto entre a classe como o “Público”, o “Expresso”, a “SIC” e a “TVI” com algum noticiário escuso nos intervalos dos crimes do “Correio da Manhã”, foi relativamente dar o pontapé final em toda uma política que pretendia dar mais dignidade ao papel do professor na sociedade. Opinião minha, claro.
Um pouco mais de 2 anos passados:
- Os professores passam a fazer exames de admissão à profissão
- Nunca tantos ficaram no desemprego
- Nunca tão poucos foram admitidos
- Os exames dos alunos passam a ser determinantes para o reconhecimento do trabalho do professor
- Foram desmanteladas as disciplinas de carácter psicomotor e cívico
- As faltas dos professores (mesmo por doença) passam a ser consideradas na sua avaliação
- Os professores (porque se trata de uma profissão NÃO fundamental para o país) perderam 2 meses de vencimento e viram acontecer a redução dos seus salários mensais
- A sua promoção na carreira passou a acontecer com elementos aleatórios a serem determinantes
- Deixaram de ser os professores a terem influência determinante na construção dos Projetos Educativos
- As escolas passaram de novo a ser consideradas “material descartável” em matéria de prioridades
Dois anos e mais qualquer coisa depois, o “bigodaças” deixou de refilar. A FRENPROF parece ter entrado em hibernação. Os jornais de referência já não se preocupam com o tipo de formação que se está a desenvolver de Norte a Sul do País. O PCP e os seus parceiros de contestação do antigamente, parecem estar só preocupados se as escolas estão com demasiado conforto.
E eu aqui no meu refúgio vou dando as minhas gargalhadas de desprezo sobre a incapacidade crítica daqueles a quem cumpriria um desenvolvimento cognitivo do mais alto grau.
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