ISENÇÃO E CINZENTISMO
Não fui até agora ao longo da minha vida nem uma coisa nem outra. Não sei o que é ser isento. Ser isento é conversa de comerciante bacoco, que se afirma como tal mas lá vai contando as suas histórias de “pretos” , “putas” e do Zé Sócrates sem cuidar saber a quem se dirige.
Ser cinzento não é melhor. Os cinzentos afirmando que não percebem nada de política, dão as suas dentadinhas, procuram os antigos colegas de escola para as “cunhas” necessárias, jogam no euro milhões, leem o “Correio da Manhã” e são assíduos e atentos espectadores de telenovelas. Nascem, vivem e morrem com azia.
O êxito do Zé Mourinho e do Cristiano Ronaldo, dá-lhes cabo dos nervos e tornam-se por isso adeptos do Barça. Os que saírem da mediania perturba-lhes o sono. Gostam do bem-estar e de uma saída aos sábados à casa de alterne onde trabalha aquela ucraniana que de forma cúmplice lhes sorri.
Os filhos assim que fizerem 15 anos têm de ir dar serventia ou tentará que aquele antigo colega de escola que é vereador na Câmara o coloque numa qualquer serventia.
É certo que o tempo está difícil para os isentos e para os cinzentos. Andam para aí grupos independentes, libertários e quejandos a colocarem a ordem natural das coisas em causa.
Parece que o país que descobriu a Democracia percebeu que este sempre é o pior sistema de todos. E esfrangalhou os senhores que sempre a utilizaram em seu proveito. Vão mandar o euro às urtigas. Vão tornar a Grécia só governável pelos gregos. E quem os não entender que se dedique a destruir outros países. O dinheiro que foi entregue à Grécia, já era. Os nossos banqueiros que chantagearam sucessivos governos nacionais e foram comprando a divida grega, vão agora receber os dividendos ao património imobiliário que entretanto forem acumulando.
Entre isentos, cinzentos e políticos profissionais, venha o Diabo e escolha.
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