segunda-feira, maio 28, 2012

MORRER EM ÁFRICA OU NA GRÉCIA

As declarações da Presidente do FMI são elucidativas: - Podemos ter comiseração pelas crianças africanas que adoecem e morrem à fome em países miseráveis onde ninguém consegue tirar o necessário para o seu sustento diário. Mas não devemos incomodar-nos com as crianças gregas que sofrem por não poderem ter cuidados de saúde primários, se os seus pais não pagarem os impostos devidos à alta finança que domina a Europa do Euro.
Todas são crianças, mas umas são mais dignas de respeito que outros. Portugal não é a Grécia, dizem-nos. Portugal é África. Onde se realizam testes farmacêuticos em crianças pelas grandes multinacionais do dinheiro, com a conivência dos Governos Africanos e Português. As nossas crianças, mesmo que sejam as da Casa Pia são dignas de dó. E não podem ser utilizadas pelos pedófilos que as podem estragar, já que são necessárias para testar medicamentos. Lembram-se do “Fiel Jardineiro”?
Nos últimos 3 anos já se suicidaram 2500 gregos por não vislumbrarem saída para a sua vida, após desempregos em massa e sem dinheiro para se sustentarem. Na semana passada um músico de 60 anos agarrou na mãe de 90 que sofria de Alzheimer e como já não tinha meios para se cuidar e cuidar dela, atirou-se de mão dada com a mãe do telhado do edifício onde viviam para a rua, terminando assim com o seu tormento.
Mas estes não são dignos de dó. Dignos de dó são os africanos que morrem à fome e à sede e deixam de ser úteis para testar medicamentos ou para trabalhar nas minas das grandes companhias.

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