quarta-feira, maio 09, 2012

A POUSADA DA FORTALEZA
"Peniche, Portugal 08/05/2012 16:03 (LUSA)

Temas: Economia, Negócios e Finanças, Turismo, Partidos e movimentos
Peniche, 08 mai (Lusa) - O grupo parlamentar do PS questionou o Governo sobre se se mantém o interesse na instalação de uma unidade hoteleira na histórica Fortaleza de Peniche por parte das Pousadas de Portugal.
Num requerimento a que a agência Lusa teve hoje acesso, os deputados Basílio Horta, João Paulo Pedrosa, Odete João e Hortense Martins questionaram o Governo no sentido de saber se as Pousadas de Portugal mantêm o interesse no investimento, uma vez que foi inaugurada a Pousada da Cidadela de Cascais e deve abrir Pousada da Serra da Estrela até ao final do ano.
Os socialistas perguntaram, também, qual o ponto de situação do projeto, se existe financiamento assegurado e para quando se prevê a conclusão das obras.
Em março de 2011, a Câmara de Peniche aprovou o estudo prévio apresentado pelo Grupo Pestana com vista a instalar uma pousada da Enatur na Fortaleza de Peniche, mantendo o museu da resistência na antiga prisão política.
Os socialistas alertaram que "o forte se encontra num estado precário de conservação, agravado com o desmoronamento de parte da muralha em 2010", pelo que "a necessidade de recuperação do edificado aliado a um novo uso ganha maior urgência".
Existente há uma década, o projeto chegou a ser polémico dado o receio de pôr em causa o Museu da Resistência que ali funciona na antiga prisão política, espaços que, segundo a autarquia, estão salvaguardados nas intenções do Grupo Pestana.
A pousada de Peniche, com 70 quartos, integra o Plano de Expansão de Pousadas de Portugal e o investimento superior a dez milhões de euros "vai contribuir para o reforço qualitativo da oferta" hoteleira na região, segundo o Turismo do Oeste.
A fortaleza, em estado de parcial degradação, foi construída no século XVII sobre rochedos em frente ao mar, para defesa da costa, vindo ao longo do tempo a perder interesse do ponto de vista militar, até que, na década de 1930, foi transformada em prisão política.
À exceção de 15 celas, a zona de recreio dos presos e os outros dois pavilhões de dois e três pisos, com mais de 50 celas, estão degradados.
Uma das datas mais marcantes da antiga prisão política foi a fuga, a 03 de janeiro de 1969, do histórico comunista Álvaro Cunhal, cuja cela onde esteve preso está aberta aos visitantes, que podem ver alguns dos seus desenhos a carvão.
FYC."

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