PENICHE 2012
No domingo passado eu e a minha mulher ao fim da tarde fizemos um pequeno longo passeio a pé pelo designado centro histórico de Peniche. Ficámos perplexos com a desertificação que atingimos. E não falo só da falta de pessoas a circularem nas ruas. Falo dos restaurantes e cafés sem clientes. Falo do Campo da República vazio de carros. O parque central de Peniche, idem. Dezenas de hipotéticos espaços comerciais aguardando que alguém com maior ousadia, ou um menor grau de inteligência se atirem para mais uma falência. Nem um único dístico de trespasse. Já toda a gente percebeu que esse “foi um chão que deu uvas”. Até vimos um local com um dístico como nunca tinha visto, Dizia qualquer coisa como: ”Vende-se ou Aluga-se”. E um outro que dia: “Arranjamos o espaço para o negócio que quiser desenvolver”. Este último é um sinal definitivo dos tempos porque passamos.
Pode ser que melhoremos. É inevitável melhorar. Caímos tão fundo que daqui para a frente só pode ser melhor. Mas até que isso aconteça, muita gente vai ainda sofrer amargamente. Peniche parece regressada aos idos de 50 e 60 do século passado. Com alguns paliativos. Mas é necessário desafazermo-nos da corja que nos afundou.
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