PERPLEXIDADES
A 7 de
Janeiro de 2015 um grupo de fundamentalistas entrou na redacção do Jornal
satírico francês Charlie Hebdo
e agrediu
matando mesmo alguns dos jornalistas que ali trabalhavam. Este o facto. Na
altura circulou mundialmente uma frase que ficou a marcar este atentado: “Je
suis Charlie”.
A 15 de
Maio de 2018, um grupo de fundamentalistas entrou no local de trabalho de
futebolistas profissionais de futebol e agrediu os trabalhadores futebolistas e
técnicos que ali se encontravam preparando a sua próxima apresentação
profissional no domingo seguinte.
DIFERENÇAS
A 15 de
Maio não morreu ninguém
Uns eram
jornalistas outros futebolistas
Ninguém
colou a si a frase mística: “Eu sou do Sporting”.
Num caso
(em França) foram fundamentalistas islâmicos, noutro caso (em Portugal) foram
fundamentalistas sportingverdianóides.
Num caso
foi terrorismo, noutro caso foi só um “fait
diver” policial.
Num caso
reaviva-se a memória para que nunca mais se repita, noutro caso afasta-se o
pesadelo para que não manche os percursos triunfais de uns quantos, isto é num
caso recorda-se, noutro tenta apagar-se.
MORAL DESTA
COISA
Viver num
tempo de absurdo não é nada fácil. E vai piorar.
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