terça-feira, maio 22, 2018


PERPLEXIDADES

A 7 de Janeiro de 2015 um grupo de fundamentalistas entrou na redacção do Jornal satírico francês Charlie Hebdo e agrediu matando mesmo alguns dos jornalistas que ali trabalhavam. Este o facto. Na altura circulou mundialmente uma frase que ficou a marcar este atentado: “Je suis Charlie”.

A 15 de Maio de 2018, um grupo de fundamentalistas entrou no local de trabalho de futebolistas profissionais de futebol e agrediu os trabalhadores futebolistas e técnicos que ali se encontravam preparando a sua próxima apresentação profissional no domingo seguinte.

DIFERENÇAS

A 15 de Maio não morreu ninguém

Uns eram jornalistas outros futebolistas

Ninguém colou a si a frase mística: “Eu sou do Sporting”.

Num caso (em França) foram fundamentalistas islâmicos, noutro caso (em Portugal) foram fundamentalistas sportingverdianóides.

Num caso foi terrorismo, noutro caso foi só um “fait diver” policial.

Num caso reaviva-se a memória para que nunca mais se repita, noutro caso afasta-se o pesadelo para que não manche os percursos triunfais de uns quantos, isto é num caso recorda-se, noutro tenta apagar-se.

MORAL DESTA COISA

Viver num tempo de absurdo não é nada fácil. E vai piorar.

 

 

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