segunda-feira, abril 14, 2008

A MINISTRA DA EDUCAÇÃO
Cada vez gosto mais da Profª Maria de Lurdes Rodrigues. Negociou com os sindicatos e conseguiu que a avaliação dos professores se tornasse finalmente um ponto assente da política educativa.
Quem é professor sabe que esta história dos créditos por acções de formação, só servíamos interesses dos formadores e das empresas de formação. Só muito excepcionalmente serviram os interesses das escolas e dos alunos. Nos casos que conheci, houve pessoas que largaram os seus empregos para se tornarem formadores profissionais, com módulos de formação que nunca tiveram a ver com as necessidades das escolas e daqueles alunos específicos que as frequentavam.
Só para dar um exemplo: toda a gente sabe que a violência e a agressividade crescem em espiral. E que há escolas onde pelas suas características, a violência tem húmus para crescer e se tornar incontrolável. Em quantas dessas escolas existiram propostas para acções de formação que pudessem prevenir e impedir esse fenómeno. Em quantas escolas existiram acções de formação sobre as novas tecnologias e os comportamentos cívicos que exigem?
Fico possesso quando alguns políticos que passaram o tempo a bramir contra a falta de diálogo da Ministra, passem agora a acusá-la de ter dialogado. Sinto nojo por certos jornais que passaram o tempo em grandes parangonas contra o Ministério da Educação, agora que parecem ter havido sinais de acalmia, as notícias são remetidas para as páginas do interior. É nojo a mais.
Esta senhora conquistou a minha admiração e respeito. Tal como o haviam feito Roberto Carneiro e Marçal Grilo. Que pena sermos o país do “mete nojo”, em que só o que não se faz é bom. Quando se exige mais qualquer coisa dos profissionais, aqui-del-rei que os coitadinhos dos trabalhadores são umas vítimas. Mas de uma coisa tenho eu a certeza. Na Jerónimo Martins ou na Sonae, se não derem o litro estão feitos.

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