COERÊNCIAS
Por onde andei nestes dias de afastamento pátrio pude observar coisas que me deixaram surpreendido em relação a Portugal. Eu sei que a Espanha com as autonomias tem particularidades que não nos atingem. Mas acima de tudo reconheço uma consciência nacional em Espanha e um apego à sua cultura que aqui, temos vindo a deitar fora talvez pelo receio de sempre de sermos considerados pacóvios.
Pormenores significantes. Aqui uma ASAE nunca teria lugar. Quem é que os impede de porem de parte as suas características regionais em nome dos interesses de Bruxelas?
Isto não significa que não se sinta uma particular atenção com a saúde pública. Mas fossem lá lembrar-se de proibir a colher de pau e veriam a carga de porrada em que se iriam meter.
Não sinto em Espanha o peso de ser um país da Comunidade Europeia para além do que é essencial. No entanto existe uma preocupação (eu diria permanente) com os direitos de todas as pessoas. Não há rua nenhuma em que os passeios não estejam cortados para permitirem o acesso aos deficientes e às cadeiras de rodas.
Nos transportes públicos as cadernetas de passes permitem o acesso em contínuo de um destino ao outro pelo pagamento de uma única passagem, hajam os transbordos que houverem. A mobilização para utilização das bicicletas vai ao ponto de no metro de superfície reservar espaços para as bicicletas, facilitando desse modo esse meio de transporte.
Fiquei com a sensação de que podemos ser bons alunos na CE, mas somos pouco inteligentes e criativos. Existem formas de tornar os cidadãos mais felizes e mais orgulhosos da sua identidade. Basta copiar o que se faz por esse mundo fora.
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