quarta-feira, julho 28, 2010

DIFICIL DE COMPREENDER
Numa entrevista dada ao Jornal diário “i”, Eduardo Barroso, médico reconhecido mundialmente pelos êxitos conseguidos em transplantes hepáticos, afirma a propósito dos incentivos que recebe no desenvolvimento da sua actividade: “…Tenho o reconhecimento dos doentes, o que é que eu quero mais?! A vítima não era eu, era o ministro Correia de Campos, que foi o melhor ministro da Saúde que Portugal já teve em Democracia”.
Antes disto e por diversas vezes, outros têm afirmado mesmo, que o grande problema de Correia de Campos foi ter razão antes de tempo, e estar a mexer com muitos interesses mesquinhos instalados.
Também em relação ao Ex-Ministro da Economia Manuel Pinho (o ministro dos corninhos), trabalhadores do Norte a Sul do País e empresas que foram salvas pela sua capacidade empreendedora, lhe têm manifestado o apreço pelo elevado nível com que exerceu as suas funções.
Isto é, se temos bons ministros que realizam a sua actividade de forma a tornar Portugal um País moderno e solidário, há que abatê-lo, com campanhas a que não são alheios os poderes económicos que detêm os média e a carneirada, sempre pronta ao bota-abaixo, não pensa, não exerce capacidade critica e alinha no velho chavão, “prá Rua”.
Depois lamentamos o que perdemos e o que vem faz-nos sempre ter saudade do que já não volta.
Está na altura de reler as Farpas e Eça de Queiroz. E esperar que o bom senso possa de novo instalar-se. O destino dos portugueses é serem medíocres.
PS: - Ontem foi ao fim de 6 anos conhecida finalmente a decisão dos tribunais face à análise dos factos referente ao caso Freeport. Como se recordam os média fizeram desse caso um autêntico enterro político e pessoal do 1º Ministro José Sócrates. Pois bem, em tudo o que a Judiciária apurou não se encontraram quaisquer razões que levassem mesmo ao de leve a considerar qualquer culpa no 1º Ministro. Aguardei com alguma expectativa os Jornais de hoje. Excepto um que só há pouco tempo é publicado, nenhum Jornal dá destaque a este inocentar do 1º Ministro. É notícia levantar suspeições e falsas acusações contra um político. Mas se ele estiver inocente isso já não é notícia, nem sequer ao menos um pedido de desculpas. Recordo que foi este caso que fez despoletar uma campanha mórbida contra o 1º Ministro por parte do Jornal de 6ª da TVI. Ao que parece o homem ficar irado contra alguém que o acusava sem fundamento não é correcto. Mas acusar de forma indecente alguém já está certo. Pergunto a mim próprio como reagiria cada um de nós se fosse contra nós próprios que tal campanha de descrédito tivesse sido urdida. Somos medíocres, maus e miseráveis.

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