sexta-feira, julho 30, 2010

FREEPORT: JUIZES/PROCURADOES E A SUA DESACREDITAÇÃO COMPLETA
Afinal parece que o caso Freeport continua para além de tudo aquilo que seria desejável. Os responsáveis do processo, ao terminá-lo, decidiram por razões que só eles entendem lançar veneno no seu despacho final. Em vez de se limitarem a terminar o processo de inquérito com a dignidade ainda possível ao fim de 6 anos de avanços e recuos, escreveram parvoíces que os desclassificam completamente tentando lançar a mais torpe das calúnias: aquela que vem coberta com o manto diáfano da fantasia e com o aval da sua discricionariedade enquanto aplicadores do Direito e da Justiça.
Vêm os senhores procuradores afirmar que não tiveram tempo para ouvir quem queriam. ISTO NUM PROCESSO DE INQUÉRITO QUE DUROU 6 ANOS. E sabendo nós que não solicitaram o pedido de prolongamento do encerramento do inquérito para ouvirem quem queriam. Isto dizem eles que foi um impedimento. E eu digo que foi incompetência.
Mas mais. Deixaram no processo as perguntas que queriam fazer e a quem queriam fazer. Deixando assim a torpe insinuação de que se as respostas têm sido dadas outro galo cantaria. Isto revela maldade e engajamento a um acto de tentativa de destruição pública de alguém a quem não tiveram capacidade ou inteligência para fazer cair com lisura e honestidade.
Vem depois o Sindicato dos Juízes dizer que está ao lado destes incompetentes. Quando os Juízes que fui educado a pensar que seriam figuras nobres e referências éticas se comportam desta maneira e se igualizam a quaisquer outros trabalhadores, até na constituição de Sindicatos que lhes permitem pôr a mão na anca e gritar como se estivessem a vender peixe, sujeitam-se a que os possamos desclassificar definitivamente.
Quero acreditar que a Magistratura Portuguesa não se revê nem nestes métodos, nem nesta forma de exercer a sua actividade. Quero acreditar que os cidadãos portugueses podem esperar atitudes de dignidade e de isenção na postura da generalidade dos Senhores Juízes. Sejam quais forem as suas decisões. E que acontecimentos como estes só se darão em processos mediáticos que fazem toldar o espírito e embotar o raciocínio de algumas pessoas menos preparadas para exercerem os cargos que ocupam.

2 comentários:

jorge saldanha disse...

Não era suposto os juízes serem independentes? Mesmo há dias o nosso (?) PM dizia isso. " Tal tá a molenga, hem!!? "

Bento Gonçalves disse...

a prova que a justiça em Portugal não existe...existem "comissários" politicos nomeados pelo Bloco Central!