segunda-feira, setembro 27, 2010

FALTAM 9 DIAS
Para a celebração dos 100 anos da República. Há dois e há um ano atrás fiz eco neste Blog da responsabilidade do Município nessa celebração. Afinal os municípios tal como hoje os concebemos são criação da 1ª República e em grande parte as nossas memórias ancestrais têm a ver com a componente educacional estabelecida com o advento do Regime Republicano.
Muito do que somos hoje herdámos dos nossos pais e avós que foram criados e cresceram segundo o princípio da Liberdade, Igualdade e Fraternidade instituídos com o derrube da Monarquia e a implantação da República.
Mas para o actual executivo camarário estas razões não são suficientes para celebrar os 100 anos deste acontecimento. O melhor que conseguiram foi que uma exposição itinerante entre 1 e 3 de Outubro estacione em Peniche.
Quem deu o melhor de si para que o regime republicano aqui se instituísse, quem no Centro Democrático Republicano de Peniche tem dado o seu melhor para que os ideais da República possam subsistir não tem aqui memória que perdure.
Deste apagar de memória acuso o PCP e os seus acólitos que pendurados pelas franjas amarelecidas do 25 de Abril, fazem dele a única vitória que tendo sido transversal a todo o povo português, persistem em clamar como de sua autoria. Acuso de igual modo esta oposição sensaborona que se enleia em teias de interesses vagos, sem que procurem destapar a floresta que se esconde atrás da árvore. Aos que gostam de ler, sugiro como exercício a leitura das actas da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal. Perceberão porque me sinto tão frustrado.
Estou revoltado e triste. Sinto que a aculturação a que temos condenado esta terra, onde se perdeu todo o sentido crítico, a está a tornar mesquinha e fútil. Falo de ideias e de ideais. Não falo de pequeninos sentimentos pessoais.
Por mim não dá apagar memórias para fazer realçar gritos de fidelidade a princípios difusos. Quem enterrou em Peniche as comemorações do Centenário da República que celebre outras exéquias como o 25 de Abril. Oremus!. (como diria o Pe. Bastos)

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