À TERRA ONDE FORES TER…
A notícia é do passado domingo:
- “Um Professor de Educação Física de 31 anos do Centro Educativo dos Olivais, em Coimbra, foi impedido de usar piercings nas aulas pela Direcção do estabelecimento da Direcção-Geral de Reinserção Social. Agora vai recorrer para tribunal para contestar a decisão. Fonte do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) disse à Lusa que o docente está a ser acompanhado pelos seus serviços jurídicos. A Direcção do Centro Educativo baseia-se no Regulamento Interno da Instituição dos Olivais, que proíbe aos jovens ali acolhidos o uso de piercings. Para o Sindicato dos Professores segundo um seu responsável, trata-se de um acto de descriminação ilegal e absurda.”
Facto 1 – Trata-se de um estabelecimento que acolhe jovens com problemas de marginalidade.
Facto 2 – Existe um Regulamento Interno que proíbe os jovens de usarem piercings.
Facto 3 – É um professor de Educação Física, disciplina em que a utilização de piercings pode conduzir como consequência dos exercícios a realizar, a danos físicos de maior ou menor gravidade.
Facto 4 – Um professor não pode (sem consequências muito graves para o acto educativo) ser o primeiro pelas suas atitudes, a pôr em causa um Regulamento Interno aprovado legalmente.
Facto 5 – Se um Sindicato se coloca ao lado de um Professor nesta matéria, já deixou de ser um guardião dos superiores interesses de uma classe, para se tornar um Grupo Corporativo.
Mais uma vez penso que o Ministério da Educação deveria publicar em Portal próprio os Projectos Educativos e os Regulamentos Internos dos diferentes estabelecimentos de ensino, para que pessoal Docente ou Discente, quando concorre saber onde vai estar.
Acresce que tudo isto não passa de uma querela absurda e que se chegar aos Tribunais deveria ter uma sentença pedagógica. Não fazia mal a este professor deixar de o ser, ou no mínimo ser obrigado a frequentar um conjunto de acções de Formação que o levassem a perceber o que é ser educador.
E fico-me por aqui, porque me irrita solenemente que coisas destas ainda se passem nas Escolas deste país.
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