RENTRÉE
A palavra entrou nos nossos ouvidos e associamo-la normalmente ao que acontece na política após o período de férias do Verão.
Pressupõe-se normalmente que os actores e os espectadores sendo os mesmos, serão as palavras e as suas intervenções escritas ou faladas que serão diferentes, a seguir a um descanso estival que permitiu encontrar formas inovadoras de sucesso onde anteriormente outras medidas não vingaram na opinião pública.
Para haver “rentrée” é necessário haver pois novas ideias, ou novas formas de publicitar as mesmas coisas, ou que existam factos políticos, ou ainda intervenientes mais motivados.
O local por excelência onde se podem assistir a estes espectáculos é nas televisões.
Fica portanto o que foi relevante neste terminar de férias. Em Portugal é inegável que foram os fogos florestais e a leitura da sentença do julgamento da Casa Pia. Tudo o resto foi irrelevante, como se já nos tivéssemos habituado a este viver miserável.
Em Peniche não houve pura e simplesmente “rentrée”. Ou ninguém foi de férias, ou se foram não descansaram o suficiente. Não existem factos novos, nem ideias novas para este lugar paradisíaco que se designa por Peniche. Graças ao “programa da manhã” e às 7 “maravalhas naturais” sabemos que as Berlengas bla bla bla. E por aqui nos ficámos.
Nada nos perturba a não ser este clima que torna Peniche um lugar singular. Quanto ao resto vivemos na paz dos anjos, até chegarem umas novas eleições autárquicas.
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