Não. Não
estou a falar dos meus amigos Xico Pedra ou do Francisco Manuel. Nem de tantos
outros Franciscos com quem me fui cruzando ao longo da minha vida.
O
Francisco de quem eu falo não conheço pessoalmente, conheço-o através dos seus
actos e das suas palavras. Foi eleito Papa há uns 6 meses. De então para cá
tem-se notabilizado por escandalizar. Escandaliza em primeiro lugar os seus
pares e depois todos os outros nos quais me incluo que são surpreendidos com a
sua quebra de rigor quanto a atitudes e convenções eclesiásticas.
“ – Eu venho
escandalizar…” Onde é que eu já li isto? Estou a vê-lo de açoite nas mãos
expulsando os vendilhões da Casa do Pai. O sentido de humildade que empresta às
suas atitudes não é um tique, é uma forma de vida. É uma atitude consequente.
Quando diz “quem sou eu para condená-los?” isto não cheira a falso. No contexto
em que é afirmado percebe-se que o meu amigo Francisco não se sente mesmo capaz
de julgar ninguém pelos seus erros e que não percebe tanta falta de
solidariedade humana.
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