Uma dificuldade enorme com que nos debatemos em Peniche é não só a fobia que ganhámos a toda a informação que nos chega do exterior, como a humildade suficiente para com ela aprender.
A informação chega cá. Aquela livraria do Mário Bandeira é um poço de coisas fantásticas ao alcance de cada um de nós. Basta paciência e tempo para procurar. Depois temos este “aparelhómetro” que tenho à minha frente. Ao alcance de um “click” está aqui tudo o que quero

O responsável pelo jornal chegou à conclusão após um ano e meio de remodelação que o caminho que estava a trilhar não era o melhor. Concluiu que combater contra os meios de comunicação instantânea como a Televisão, a Rádio e a Internet, era um absurdo sem sentido. Seria uma luta inglória em que só poderia ficar a perder. E não está o responsável pelo Jornal que tem sido um exemplo para os Órgãos de Informação europeus, interessado em fazer de D. Quixote contra moinhos de vento inexistentes.
O “El País” vai deitar o seu olhar sobre Espanha e o Mundo, seleccionar as notícias que quer tratar, abrir-se aos novos leitores e às suas inquietações. “Dentro de anos, os leitores agora jovens terão mais responsabilidades na sociedade, pelo que queremos contactar com essas novas gerações que vão ser fundamentais dentro de 10 ou 15 anos” afirma Javier Moreno o Director do Jornal.

Será que o que deixo impresso pode ser útil para a informação escrita que temos em Peniche? Duvido. Porque mudar o que está implica mais que mudar o formato. E é para isso que a coragem não abunda.