SOU UM INADAPTADONa passada semana li um convite para participação nas comemorações do 1º Centenário do nascimento de Luís Correia Peixoto que se realizou a 5 de Outubro.
Não quero perder mais tempo com isto. Já disse o que tinha a dizer sobre esta matéria. Para os que não leram na altura refiro que não encontro rigorosamente nenhuma razão para esta celebração. Nem para os entusiásticos louvores que a CDU decidiu empreender à volta do Snr. Correia Peixoto. Continuo sem saber o que ele fez por Peniche que não fosse com os objectivos do lucro que lhe iria multiplicar a fortuna.
Morreu e, ao contrário de António Champalimaud não tenho conhecimento de que senhor de fortuna que entrou no imaginário popular, tivesse deixado algum do dinheiro que aqui ganhou para a criação de uma qualquer Fundação com o objectivo de desenvolver o estudo do Mar e das actividades conexas.
Ou que tivesse criado alguma condição para o desenvolvimento de Peniche.
Esta é uma invenção do PCP local que tem de ter os dias contados. O “provincianismo lusitano” que este fim-de-semana deixei como fonte de leitura aplica-se aqui de alto a baixo.
Se é o empresário que celebramos, que dizer da Festa que teremos de fazer a Narciso Dias ou a Luís de Almeida. Se é o fotógrafo ou o coleccionador de postais que comemoramos então há que repensar tudo de novo para não esquecer o velhinho Montez ou o Francisco Salvador. E quanto a salvaguarda de saberes preparem-se para estar dois meses em Festa quando tivermos que comemorar o Mariano Calado ou o Fernando Engenheiro.
O risco de falsear a verdade é que esta é como o azeite…
O mais caricato disto tudo é que o nosso Presidente da Câmara sentindo a (in)verdade desta história toda não assinou as cartas-convite. Ou sou eu que estou a ver para além do que não existe? Se assim é as minhas desculpas. Pela minha incorrecção. Mas vou lamentar eu não ter razão.
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