sexta-feira, janeiro 27, 2012

FERIADOS

Volto a este assunto. Zangado. Dizem que o Governo já decidiu. 2 feriados civis e 2 religiosos. Uma moeda de troca. Aliás já tinha ouvido o Patriarca de Lisboa dizer isto mesmo. A Igreja só admite tocar nos seus feriados se por cada um deles, um feriado civil for apagado. Não compreendo porquê. Somos uma república laica. E o que começamos por apagar é o símbolo dessa mesma república. Só podem estar a gozar comigo. O respeito pela Igreja advém dos seus comportamentos e não pelas concordatas que assina ou o número de feriados que constam do seu património.
E as outras confissões religiosas que não a católica? E os agnósticos? E os ateus? Quantos católicos utilizam os seus feriados para porem em ordem os seus deveres confessionais?
Se a Igreja não aceita. Paciência. Cortem-se os feriados religiosos que não fazem parte do nosso património cultural. A 6ª Feira Santa. O Corpo de Deus. O 15 de Agosto. O 8 de Dezembro. E para que o governo não fique com traumas que perguntem num inquérito massivo, que significam estas datas para os respondentes para além de um dia feriado. Querem mais um ou dois dias neste período em que se precisa de desenvolver mais a produtividade. Tornem a celebração do Dia de Camões uma festa móvel a celebrar no fim de semana seguinte ao dia 10 de Junho. Por decreto inviabilizem os feriados municipais por um período de tempo limitado.
Ainda restam o 1 de Janeiro. O Carnaval. O 1 de Maio e o 25 de Abril. O 5 de Outubro, 1 de Dezembro e o 25 de Dezembro.
Quem vai para o Governo ou para um qualquer lugar em que tem de tomar decisões, sabe que não poderá agradar a todos. Decidir é romper.

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