MUITAS DÚVIDAS. OS MESMOS PROBLEMAS
Os média têm embandeirado em arco com uma pretensa correcção (?) ao tratado de Lisboa, visando a introdução nas Constituições dos países membros de uma norma que impeça que a divida a contrair por cada um deles, possa ser superior a determinado valor.
Eu nunca votei para pertencer à União Europeia. Eu nunca votei para ratificar os Tratados internacionais que conduziram o meu país à desgraça miserável em que vive. Eu nunca votei nenhuma constituição em Portugal. Dizem-me ser o preço que pago por fazer parte de uma Democracia representativa.
Agora Merckosy, decidiu que Portugal deve incluir na sua constituição mais uma treta. E o Coelguro já disseram que farão o que querem os outros. Não que os parvos dos portugueses possam dizer se “sim ou sopas”. O que importa é o que diz a Europa do dinheiro. A carneirada que vive em Portugal está cá para cumprir.
Que teria feito o Kaiser se a seguir à I ou à II Guerras Mundiais os países vencedores tivessem imposto incluir na Constituição alemã a proibição do fabrico ou manuseamento de armas ou quaisquer meios que possam ser utilizados para o extermínio ou morte de cidadãos em países terceiros? Terá sido esse o pecado de quem encostou a Alemanha à parede. Não os ter feito engolir o próprio vómito. Agora aí estão eles de novo a exterminarem os que os derrotaram.
Quando hoje de manhã fui comprar o jornal, entrou no quiosque uma senhora de 70 e tal anos que foi lá comprar cadernetas de cromos para o netinho. Fala-se em crise, em austeridade e vejo uma mulher que claramente vive do trabalho em que se arrasta a adquirir cadernetas de cromos para o neto, 2 porque os repetidos são para ele trocar na escola com os amigos.
E recuei 60 anos e lembrei-me de mim. Se alguma vez eu me atreveria a pedir à Guilhermina “Baterremos” que me comprasse rebuçados da bola. Ou se alguma vez ela iria a uma qualquer taberna adquiri-los para mim ou para o meu irmão em vez de ir forrar caixões ou fazer renda de bilros. Qual crise, qual porra…
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