segunda-feira, março 12, 2012

TIRO AO SÓCRATES
De repente tudo o que está errado se deve à governação do Sócrates. Não bastava o PSD, o CDS, o BE e o PCP. Logo se juntaram o PR, a SIC eo média em geral. Ele é o Freeport, ele é o curso de Engenharia, ele é a corrupção e os magistrados que libertam para que os criminosos possam criar um clima de insegurança que permita fazer do Governo uma fantochada.
A última novidade é o Parque Escolar que gastou milhões para reconstruir escolas, com derrapagens nos custos gigantescas.
Como se as escolas não precisassem de ser recuperadas. Como se ter salas de Secundárias com espaços onde as novas tecnologias permitam criar a diferença não fosse um bem inestimável. Como se ter um piso com madeiras de boa qualidade fosse um luxo asiático. Como se ter ar condicionado não fosse uma mais valia para os alunos se sentirem confortáveis enquanto aprendem.
O que me admira é que o Ministro da Educação que era um Matemático reputado (no provinciano círculo português) se tenha convertido num sabujo ao serviço da política mais indexável.
Já se esqueceram dos desvios aberrantes dos estádios para o Euro 2004? O que é feito do Estádio do Bessa? E do Estádio do Algarve? E do Estádio de Leiria? Centenas de milhares de alunos frequentam agora todos os anos escolas em que dá gosto ter aulas. E esses estádios servem para quê? Para chamar “filhos da puta” aos árbitros?
Já se esqueceram das derrapagens na construção do CCB? E das derrapagens na construção da Casa da Música do Porto?
Falarem do Parque Escolar nos termos em que o fazem deveria ser motivo para uma demanda criminal. Se as Escolas ficaram com grande qualidade tanto melhor. Se alguém se abotoou com dinheiro à conta disso que seja preso e condenado. São duas coisas distintas.
Quando fui trabalhar para a Escola Augusto César Pires de Lima no Porto, a Escola situava-se na Rua D. João IV na zona da Batalha. Dois edifícios de um lado da rua e dois outros do outro lado. Os alunos para irem de uma aula para a outra, tinham que atravessar a Rua que na altura já era movimentadíssima. Não me recordo de na altura um único Órgão de Comunicação Social ter vindo em defesa dos alunos que corriam diariamente perigos enormes para poderem ter uma aula de Português e a seguir deslocarem-se para a aula de Matemática. Eu sei que eram miúdos da zona da Ribeira do Porto. Mas que diabo! Eram crianças. Onde estava na altura (em 1978/80) o Ministro Crato?
Já não falo da minha velhinha Escola Industrial na Fábrica do Alemão, com as salas de aula separadas por caixas de peixe.
Que bom seria que os portugueses tivessem memória. Calem-se com o Parque Escolar. Prendam os corruptos e deixem em paz as escolas.

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