A REFUNDAÇÃO DE “A VOZ DO MAR”
A palavra entrou nos ouvidos das pessoas e por isso a utilizo. “A Voz do Mar” é “o” jornal de Peniche. Ao longo dos anos algumas tentativas foram feitas para criar um outro jornal, mais ideológico, ou mais plural, ou mais aberto a novas tendências e todos fracassaram. Eu próprio estive ligado a uma dessas tentativas falhadas. “A Voz do Mar” é o jornal que é, porque sempre foi um jornal sem pretensões e sem cuidados editoriais ou noticiosos.
A reportagem nunca foi o seu fundamento, nem a necessidade de ser actual o preocupou. Não é por acaso que as páginas mais lidas são as que falam do passado ou as que contêm as fotografias dos que desta vida se passaram.
A certa altura eu próprio neste “conversadoiro” sublinhei este carácter da “Voz do Mar” e critiquei o facto de achar que só lhe faltava assumir o carácter de jornal paroquial que é. O jornal não pode, nem deve ter vergonha de se assumir como um jornal da Igreja e de ser a voz da paróquia.
A substituição do Monsenhor Bastos como vigário da paróquia da cidade de Peniche e a substituição do Director e do Editor e administrador, permitiu que a pouco e pouco “A Voz do Mar” comece a assumir-se em toda a sua plenitude. Dirão alguns que não gostam. Outros que se tornou um jornal confessional. As duas coisas serão verdade. Uns não gostam, mas outros gostam mais. Ser confessional é cumprir a sua função primeira e última função. Apresentar-se em verdade como um jornal de cariz cristão-católico, embora mantenha respeito pelas outras confissões ou mesmo por aqueles que agnósticos ou ateus o lêm.
Assim está finalmente a ocupar o lugar que por mérito próprio lhe pertence: um jornal do Concelho de Peniche, que representa os valores e ideais da Igreja Católica em particular e do cristianismo em particular.
Ao comportar-se desta maneira “A Voz do mar” não está a mentir e ocultar-se atrás de uma pluralidade encapotada. Quem não gostar, que não compre ou não leia. Mas tanto quanto me é dado observar, é este o jornal que as pessoas de Peniche, aqui ou na diáspora querem. Provam-no todas as tentativas fracassadas de fazer diferente.
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